MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Aspirantes a candidatos ao governo sobem a colina

João Pedro Pitombo A TARDE

  • Marco Aurélio Martins | Ag. A TARDE
    Aspirantes a candidatos ao governo participam da grande festa popular
Oito quilômetros de cortejo e o maior protagonista na passagem do bloco governista não estava lá. Jaques Wagner, que está em missão oficial na China, pela primeira vez não participou como governador da Lavagem do Bonfim, tradicional termômetro da política baiana.
Mas Wagner encontrou uma substituta à altura, que acabou se tornando o centro das atenções entre os correligionários da base que ancora o governo petista na Bahia. O destaque da Lavagem do Bonfim este ano pré-eleitoral foi um objeto simples, mas carregado de poder simbólico: a cadeira que Wagner ocupa no terceiro andar da Governadoria.
Muito se falou dela. Mais afoito, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT) tornou a manifestar o desejo de ocupá-la a partir de janeiro de 2015. Outros, como o vice-governador Otto Alencar (PSD) e o secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), despistaram e desconversaram. A senadora Lídice da Mata (PSD), por sua vez, lembrou que o futuro dela depende apenas de dois fatores: "A vontade do povo e do Senhor do Bonfim".

No campo da oposição, Geddel Vieira Lima (PMDB) já disse que a quer. A vice-prefeita Célia Sacramento (PV), não disse, mas tem gente que jura de pés juntos  que ela pensa seriamente na cadeira do governador. Já o prefeito ACM Neto (DEM) foi peremptório: "Esqueça". Não quer seu nome associado ao Centro Administrativo ou ao Palácio de Ondina. Pelo menos por enquanto.
E ainda tem os que a desejam, mas ficaram de fora da festa: o senador Walter Pinheiro (PT), que tradicionalmente não vai às lavagens, e o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli (PT), que acompanha Wagner na viagem à China. Já Luís Caetano, ex-prefeito de Camaçari, até que foi, mas não quis falar na cadeira nem sob tortura. Coube à sua esposa dar o veredito. "Rezei para que ele seja o próximo governador da Bahia", disse a deputada estadual Luiza Maia (PT).
"Blocos" - Com tantos postulantes e uma única cadeira, o burburinho foi inevitável. Enquanto a oposição marchou unida, o campo governista diluiu-se em diferentes "blocos". O oficial foi capitaneado por Otto Alencar, que caminhou ao lado de Lídice, e do que seriam dois representantes de Wagner: Rui Costa, amigo pessoal há três décadas, e a primeira-dama Fátima Mendonça.
O PTB de Edivaldo e Antônio Brito foi na frente, enquanto Nilo disse que se juntaria ao "time do PDT". Já o PT veio bem atrás, o que fez gente como o deputado Nelson Pelegrino (PT) terminar a caminhada horas depois do bloco governista ter se dispersado.
Sem Wagner no comando, foram poucos petistas que se arriscaram a seguir o bloco do governo. E acabaram não engrossando o coro que acompanhou o governador em exercício. Mesmo isolado, Otto foi para os braços do povo: "É bom sentir esse calor humano", afirmou. E mostrou certa coesão com o grupo que o acompanhava. "Somos parceiros e estamos sintonizados", disse ele, num agrado à senadora Lídice, e sob o olhar de aprovação de Fátima.
Já Rui, que quer ser protagonista em 2014, teve papel coadjuvante na caminhada. Mas disse ter pedido ao Senhor do Bonfim paciência e sabedoria para consolidar o projeto político do grupo capitaneado por Wagner. Chegaram juntos ao adro da Basílica. Coincidência? "Eu diria que é o prenúncio de uma chapa competitiva", disse o deputado Alan Sanches, companheiro de partido de Otto.
Já Fátima Mendonça, revelou um desejo: ver a Lavagem do Bonfim de 2015 comandada por uma mulher. Como não pode ser ela mesma, sobrou Lídice: "É um bom nome", derramou-se a primeira-dama. O consenso ainda é um horizonte distante. Mas o prazo é curto: é preciso tempo para combinar com o povo.

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