Vendedor trabalha há 15 anos no local e vende até mil garrafas em um dia.
Relação de confiança estabelecida com clientes garante lucro contínuo.
Bahiano comercializa até 1000 cervejas por dia e
aceita vender a prazo (Foto: Géssica Valentini/G1)
Na Praia de Jurerê Internacional, na Ilha de Santa Catarina, não é raro
encontrarmos turistas bebendo espumante. O local é conhecido pelo luxo
das mansões construídas no bairro, pelas casas de festa e pelas
celebridades que frequentam a praia durante a temporada. Ainda assim, o
vendedor 'Bahiano da Gelada', como é conhecido, garante que a bebida
preferida de quem frequenta a praia, ricos ou pobres, é a cerveja.aceita vender a prazo (Foto: Géssica Valentini/G1)
Ele nasceu na Bahia, mas trabalha há 15 anos em Jurerê Internacional e diz que não há distinção de classes sociais para degustar a bebida. Vende até mil garrafas em um dia normal. Além do rótulo, o carrinho também é personalizado: traz sua foto e o telefone para contato. "Ricos, pobres, empresários, não importa. Todos querem cerveja barata e bebem muito", afirma ele, rindo. Ele chegou a criar um rótulo especial para seus produtos e é conhecido por ali. "Já atendi o Neymar, Reinaldo Gianechini, Isis Valverde e muitos outros", argumenta ele, que atende em um dos pontos mais cobiçados da praia, em frente a uma tradicional casa de festa. Às 16h, é praticamente impossível achar qualquer espaço livre para colocar cadeira ou guarda-sol.
Rótulo auxilia cliente a segurar a garrafa
(Foto: Géssica Valentini/G1)
Um empresário se aproxima e o chama pelo nome. Quer mais uma cerveja.
Está aproveitando a praia em uma quinta-feira. "Eu estou de folga, mas
ele que fica feliz, porque aí é mais trabalho para ele. No fim de semana
o movimento é maior ainda", afirma o cliente. O carrinho também vende
água e refrigerante, mas é com o lucro na venda de cervejas que ele
sustenta 16 filhos. Cada garrafa custa de R$ 3 a R$ 5, conforme a marca.
O que pode ser peculiaridade ali é que das mil garrafas vendias por
Baiano, 800 são das marcas mais caras. "Rico também bebe cerveja, mas os
daqui preferem essas", diz, apontando para o rótulo das cervejas que
custam R$ 5, uma delas importada.(Foto: Géssica Valentini/G1)
Enquanto trabalha, conversa, conta piadas e também bebe. "O que não vai para as pensões que pago para os filhos, eu bebo", ri ele, que parece nunca estar sóbrio, mas tampouco parece estar bêbado. "A alegria aqui é o dia todo, durante todo o ano, mas principalmente na temporada. Atento muitos famosos, que vem uma vez e voltam", explica.
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