Doze mil pessoas se beneficiam com negócios do evento, diz secretaria.
Somente no dia do desfile, 900 foliões trabalham no Porto Seco.
A auxiliar de montagem Eliza de Oliveira colocou as contas em dia com os R$ 500 que ganha por mês trabalhando no barracão do Porto Seco, na Zona Norte da capital. “Dei a entrada em móveis e roupas para os meus filhos” conta a funcionária.
Segundo a Secretaria de Cultura do município, pelo menos 12 mil pessoas se beneficiam com o Carnaval. João Luiz Carvalho é uma delas e diz nem se incomodar mais com o barulho da furadeira. “Já realizei sonhos com esse dinheiro. Comprei um carro com o Carnaval”, conta.
Para as famílias que têm mais de uma pessoa envolvida com a folia, a rentabilidade pode ser ainda maior. Na casa da costureira Marinez Berenthal, a nora auxilia na confecção das fantasias, e o marido cuida da iluminação das alegorias. Outras oito costureiras são contratadas por Marinez. “Eu tenho realizado muitas coisas com o que recebo no Carnaval, assim como realizo o sonho de outras pessoas da minha comunidade”, diz.
No dia do desfile, cerca de 900 pessoas trabalham no Porto Seco, segundo informações do coordenador das Manifestações Populares da Secretaria Municipal de Cultura, Joaquim Lucena. A prefeitura disponibiliza para o evento uma verba de R$ 6 milhões, que é usada por todas as escolas de samba, grupos e tribos participantes.
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