Eles trabalham no Centro Médico e Centro de Especialidades do Bairro Novo.
Hospital espera recursos da Prefeitura, que diz ter recebido conta nesta terça.
Funcionários do Hospital Evangélico estão em greve (Foto: Fernando Martins/RPC TV)
Funcionários do Centro Médico Comunitário do Bairro Novo (CMCBN) e do
Centro de Especialidades Médicas do Bairro Novo (CEMBN), em Curitiba,
entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (22). Eles
reclamam de atrasos nos salários que deveriam ter sido pagos até
segunda-feira (21) pelo Hospital Evangélico de Curitiba, que é
responsável pela administração dos hospitais.De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), os funcionários não receberam o salário do mês de dezembro e metade do 13º salário. Eles já haviam paralisado as atividades entre os dias 9 e 15 de janeiro pelo mesmo motivo, mas voltaram com a promessa de que receberiam até segunda-feira.
Com a greve, os atendimentos nos locais estão sendo feitos apenas com servidores da Prefeitura de Curitiba. De acordo com o Hospital Evangélico, o direito à greve é respeitado e reconhecido pela instituição, mas os pagamentos não podem ser feitos porque a Prefeitura de Curitiba não repassou valores previstos nos contratos de prestação de serviços a ambas as unidades.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que estes pagamentos só podem ser feitos após a prestação dos serviços, e que as contas só chegaram até a Secretaria na manhã desta terça (22). A previsão é de que os recursos sejam liberados até quarta-feira (23), após a conferência dos valores. Uma reunião entre funcionários e a Secretaria está marcada para as 9h30 de quarta, com objetivo de esclarecer a situação.
Grevistas exibiram faixas em frente à sede do RH do Hospital Evangélico (Foto: Fernando Martins/RPC TV)
Ainda de acordo com a Prefeitura, foram repassados R$ 4,2 milhões nas
últimas semanas, referentes à contratualização entre a Prefeitura e o
Hospital Evangélico. Segundo a Secretaria de Saúde, o objetivo era
justamente evitar que os funcionários ficassem sem receber, já que os
valores devidos pelo convênio direto com os hospitais são de menor
valor. Já o Hospital alega que estes repasses serviram apenas para
manter o atendimento na sede do Hospital Evangélico, e não nas unidades
do Bairro Novo, e que os valores estão acumulados desde outubro de 2012.Segundo o Hospital, ambas as unidades estão atendendo com o mínimo constitucional de 30% das operações e o atendimento continua sendo feito normalmente, sem deixar de atender a nenhum paciente - com exceção do Raio-X. Não foi informado o número de funcionários em greve, mas o CMCBN possui 235 trabalhadores, e o CEMBN tem 57 funcionários.
Já no Hospital Evangélico, os pacientes do Siate e do Samu não estão sendo atendidos. Em casos de urgência, os primeiros atendimentos para gestantes, dores toráxicas e queimados são mantidos, mas nos demais casos os pacientes são encaminhados para outros hospitais. Não há previsão de reuniões entre o Hospital e a Secretaria de Saúde.
Funcionários reclamam atrasos no salário de dezembro e no 13º (Foto: Fernando Martins/RPC TV)
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