MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 26 de janeiro de 2013

Crédito imobiliário quadruplica em 5 anos

Fábio Bittencourt A TARDE

  • Lúcio Távora | Ag. A TARDE
    Saldo do financiamento imobiliário passou de R$ 63 bilhões para R$ 270 bilhões
Com R$ 270 bilhões contratados de janeiro a novembro de 2012 (os dados de dezembro só saem no final do mês), ou 24,8% do total, o financiamento imobiliário já ocupa a segunda colocação entre as principais modalidades de empréstimo destinadas às pessoas físicas, no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. O resultado é quatro vezes mais se comparado a 2008, quando o crédito imobiliário fechou o ano em quinto lugar, no ranking, com saldo de R$ 63 bilhões, ou 11,9% do total.
Os números foram levantados pela Serasa Experian - líder na América Latina em serviços de informações - com base na evolução dos saldos das carteiras de crédito, divulgada todos os meses pelo Banco Central. Outra surpresa, no entanto, é que, na avaliação do presidente da instituição, Ricardo Loureiro, o financiamento imobiliário deve passar, ainda neste primeiro semestre, para o topo do ranking, hoje ocupado pelo crédito pessoal, com participação de 25,8%, ou R$ 281 bilhões em contratações.
"A diferença de apenas um ponto percentual entre o crédito pessoal e o crédito habitacional tem se reduzido em ritmo acelerado. Assim, mantida esta tendência, o crédito habitacional deverá ultrapassar o crédito pessoal,  tornando-se assim a maior carteira de crédito para as pessoas físicas em 2013", destaca Loureiro.

Demanda habitacional - Ainda de acordo com Loureiro, vários fatores contribuíram para o crescimento do crédito imobiliário: "A estabilidade econômica, combinada com a manutenção do emprego e da renda, e a alienação fiduciária, que trouxe maior celeridade na execução da garantia, reduzindo significativamente a inadimplência e estimulando os bancos a aumentarem a oferta, os prazos e a reduzirem os juros".
"Apesar da grande expansão, o Brasil ainda possui baixa relação de crédito imobiliário sobre o PIB, de 6,2%. Em países desenvolvidos, este percentual ultrapassa 50%. Existe um grande potencial de crescimento do segmento imobiliário, em um mercado fundamentado em bases sólidas", diz.
Para o diretor de expansão de mercados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), Marcos Vieira Lima, os números do estudo refletem a demanda habitacional do País, "ainda muito grande". Ainda segundo ele, o déficit por moradias seria de cerca de 40 anos de atraso. "Somente a redução de juros será capaz de combater o problema. Reduzir juros significa diminuir o valor das prestações", afirma Vieira Lima.
Ainda de acordo com ele, o governo precisa baixar ainda mais as taxas de juros, para que mais pessoas possam realizar o sonho da casa própria. "A taxa Selic está em 7,25%, mas ainda pode cair. Como os juros dos  financiamentos estão girando entre 7% e 9%, quando descontada a inflação (entre 5% e 7%), chegamos a uma taxa de 3% ao ano, o que é superatrativo".
Para o dirigente, a compra de imóvel neste primeiro semestre de 2013 é "um bom negócio". "Imóveis que foram lançados em 2010, 2011 estão ficando prontos. Hoje, já se financiam 90% de um imóvel, com prazo de até 35 anos. É deixando o aluguel e entrando para morar".

Nenhum comentário:

Postar um comentário