MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de janeiro de 2013

Emissão de habilitação de moto cresce em São Paulo



|GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DE SÃO PAULO
Duas ou quatro rodas? Muitos se deparam com essa dúvida na hora de escolher qual tipo de veículo usar na cidade. Embora o carro ainda seja o meio de transporte particular mais comum entre os paulistanos, os novos condutores de motos tem aumentado.
Em 2012, foram emitidas 19,8 mil carteiras de habilitação para moto na cidade de São Paulo, cerca de 20% a mais do que em 2011.
Boa parte desses novos pilotos comprou a moto para lazer ou deslocamentos diários, e não para atividades profissionais. A prova disso é a queda nas vendas de motos de baixa cilindrada, usadas pelos motoboys, que enfrentam dificuldades com a restrição do crédito para financiamentos.
O fisioterapeuta Tiago Mena Barreto, 33, faz parte do grupo que prefere usar uma motocicleta em deslocamentos urbanos. Ele usa um scooter Honda Lead 110 para atender seus pacientes.
"Trabalho em regiões bastante congestionadas e com poucos lugares disponíveis para estacionar. Usando o scooter, consigo atender até 10 pacientes por dia. Porém, quando chove, tiro o carro da garagem. Isso aumenta meu tempo no tráfego e me leva a perder dois ou três pacientes", afirma o fisioterapeuta.
Lucas Lima/Folhapress
O publicitário César Kretly trocou seu carro por uma Suzuki DR 650
O publicitário César Kretly trocou seu carro por uma Suzuki DR 650
Além do ganho de tempo, a economia de combustível foi outro fator que levou Barreto a comprar o scooter. "Economizo cerca de R$ 300 em gasolina ao mês".
Porém, andar de motocicleta na cidade ou na estrada requer treinamento e uma nova percepção do trânsito.
"Não é correto falar que motos são perigosas. Na verdade, o que muda são os conceitos de segurança em comparação aos automóveis", afirma Geraldo "Tite" Simões, piloto e instrutor de pilotagem.
O instrutor ressalta que a segurança ativa é o mais importante quando se está sobre duas rodas. Isso envolve itens como eficiência dos freios, pneus em boas condições de uso e o próprio comportamento dinâmico da motocicleta. "Daí vem a necessidade de se usar os equipamentos obrigatórios de segurança diariamente".
Além do capacete, é recomendável utilizar jaqueta, luvas e calçado fechado.
Nos carros, a segurança passiva fica em evidência por meio de itens como cintos de segurança, célula de proteção da cabine e airbags.
Segundo Tite, alguns modelos de motos são mais indicados para quem está começando a pilotar.
"O scooter é um bom começo por ter câmbio automático, ser compacto e fácil de pilotar. Só peca pelas rodas pequenas, mais instáveis em asfalto ruim. Outra boa opção são as motos 250, que oferecem freios e suspensão mais eficientes do que as 125".
Um grande desafio para os iniciantes é saber como circular com segurança entre os carros e ter de dividir espaço com motociclistas mais experientes -e apressados.
"Há um risco enorme quando os pilotos novatos tentam pilotar como os motoboys. Muitos desses profissionais conduzem seus veículos de modo imprudente, mas, por rodarem muito, acabam aprendendo. O iniciante não tem tanta habilidade e, ao tentar segui-los, pode se envolver em acidentes", diz o instrutor.

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
Os valores e os requisitos necessários para tirar habilitação de carro ou de moto são similares, como as quinze aulas práticas (no mínimo), as provas e o exame médico. Em ambos os cursos, o condutor recebe apenas noções básicas.
Especialistas consultados pela Folha recomendam que os pilotos recém-habilitados devem enfrentar o trânsito de maneira gradual, para entender as vantagens e os riscos de usar motocicletas.
Os veículos de duas rodas conseguem se deslocar de forma mais rápida. Nos horários de pico, por exemplo, enquanto a média horária dos carros em São Paulo não chega a 10 km/h, as motos dificilmente rodam com velocidade inferior a 20 km/h.
O instrutor de pilotagem Geraldo "Tite" Simões faz um alerta: "Não se pode transformar essa vantagem em exposição ao risco. Rodar a 40 km/h no corredor quando os carros estão a 20 km/h significa percorrer um mesmo trecho na metade do tempo. Já circular acima do dobro da velocidade dos automóveis é confiar demais na sorte e nos reflexos".
Em congestionamentos, motoristas costumam ficar trocando de faixa e nem sempre dão seta. Por isso, a moto precisa se fazer visível, seja por meio do farol aceso (que é obrigatório) ou da buzina, quando necessária.
Cruzamentos são pontos críticos. Uma batida com um carro que furou o farol vermelho, por exemplo, pode causar um acidente fatal.
equipamentos
Entre os equipamentos de segurança da moto, um dos mais importantes é aquele que protege diretamente o condutor, como jaquetas e calças apropriadas, calçados fechados e luvas reforçadas.
Novidade é o colete inflável, uma espécie de airbag que ajuda a proteger o tórax nas quedas. Esse item custa cerca de R$ 2.000 em lojas de acessórios.
O freio traseiro precisa ser usado. Ele serve como "leme" da trajetória em situações de emergência e o ideal é uma ação de 30% na frenagem em relação ao dianteiro. Os modelos mais sofisticados trazem também ABS, que evita o travamento das rodas nas frenagens de emergência.

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