MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Empregados da Petrobras farão "paralisação-surpresa" na BA

João Pedro Pitombo e Agências

  • Marcelo Sayão | Agência EFE
    Dirigente sindical diz que só há risco de desabastecimento se o protesto virar greve

Na esteira das manifestações deflagradas desde o último domingo entre os trabalhadores da Petrobras, o Sindicato dos Petroleiros do Estado da Bahia (Sindipetro) anunciou que os funcionários da empresa deverão fazer uma "paralisação-surpresa" das atividades na Bahia por 24 horas, com o objetivo de chamar a atenção para uma possível greve da categoria.
Ontem, os empregados de unidades importantes para a Petrobras, incluindo as refinarias de Capuava (Recap) e Paulínea (Replan) - ambas em São Paulo -, não trabalharam. Na Bacia de Campos (litoral do RJ e do ES), principal área produtora do Brasil, equipes de 34 das 40 plataformas pararam. Apesar disso, a produção não foi interrompida.
"A greve é de alerta. A produção não para", disse João Antônio de Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Moraes classificou como "bastante forte e contundente" a adesão da categoria à paralisação de 24 horas deflagrada a partir da meia-noite de ontem. A greve de advertência teve até 80% de adesão entre os trabalhadores filiados aos sindicatos vinculados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). A entidade e a FUP são os representantes da categoria nas negociações com a Petrobras. Em nota oficial, a empresa evitou estimar o tamanho da adesão.
A paralisação de ontem foi a forma de os petroleiros protestarem contra o fato de a estatal não atender à reivindicação de mudança nos critérios de distribuição de lucros e aumento nos percentuais de remuneração do plano de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de 2012. A Petrobras afirmou que adotou "todas as medidas administrativas e operacionais  (...)  para garantir a normalidade das atividades companhia". A estatal informou que "continua aberta à negociação com as entidades sindicais".
Prejuízos - Na Bahia, o protesto já foi aprovado em assembleia e deve acontecer ainda esta semana. O sindicato local, contudo, afasta a possibilidade de desabastecimento no mercado baiano como resultado da manifestação.
"Os prejuízos são mais internos. O protesto não vai abalar em nada a população", afirma Cedro Costa e Silva, diretor de formação do Sindipetro e presidente da Central Única dos Trabalhadores na Bahia (CUT-BA).
Segundo ele, possíveis transtornos só serão sentidos pela população caso a categoria decida por uma greve por tempo indeterminado, que poderia ter consequências no fornecimento de combustíveis. "Mas isso só deve acontecer caso a Petrobras ignore o nosso pleito", diz Costa e Silva.

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