Área está localizada no município de Iguatemi, em Mato Grosso do Sul.
47 fazendas localizadas nessas terras podem ser desapropriadas.
O estudo antropológico apontou uma área de 41,5 mil hectares como terra indígena na região de Iguatemi, no sul de Mato Grosso do Sul. O estudo contratado pela Funai começou em 2008. Segundo a fundação, dois mil indígenas guarani kaiowá vivem na região da bacia do Rio Iguatemi e seriam contemplados com a reserva. Hoje, 47 fazendas localizadas nessas terras podem ser desapropriadas. Em todas as propriedades há criação de gado.
O presidente do Sindicato Rural de Iguatemi é contra o resultado do estudo. “Nós do sindicato não concordamos com esse laudo. Os produtores também não concordam. O fato de que em alguns lugares os índios andavam, passeavam ou moraram por algum tempo existe no Brasil inteiro. Em qualquer região onde nós vamos fazer o laudo com a intenção que eles fazem, vamos dizer que era terra indígena”, diz Hilário Parise.
Hoje, os índios estão restritos a uma pequena área de dois hectares em uma das fazendas da região. Com o resultado do estudo os índios sonham com a oportunidade de poder ocupar as terras delimitadas como indígenas.
Os índios e os proprietários das fazendas têm até 90 dias para contestar o conteúdo do relatório. Se alguma das partes se manifestar, a Funai tem mais 60 dias para se pronunciar. Depois desse processo, um relatório final é encaminhado ao Ministério da Justiça, que tem o papel de publicar a portaria declarando a terra como indígena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário