Mostra 'Corpos presentes' espalhou estátuas de ferro pela cidade.
CCBB construiu novo pavilhão para receber trabalhos de Antony Gormley.
Termina neste domingo (6) a exposição “Corpos Presentes – Still Being
”, de Antony Gormley, que ocupa todas as galerias do Centro Cultural
Banco do Brasil, em Brasília. Desde 23 de outubro do ano passado,
estátuas de ferro fundido que faziam parte da mostra ficaram espalhadas
pela cidade. Uma delas, na plataforma superior da Rodoviária do Plano
Piloto, passou por várias intervenções do público durante a exibição.
“É uma resposta natural. As pessoas não pediram por essas esculturas em seu espaço urbano, então é uma resposta plausível e divertida”, opinou Gormley antes do início da exposição.
A primeira exposição de Antony Gormley em Brasília é uma retrospectiva que relembra os quase 40 anos de carreira do artista inglês. Para receber o trabalho daquele que é considerado um dos maiores artistas plásticos da atualidade, o CCBB construiu um pavilhão novo em seu jardim, perto do Lago Paranoá.
“Eu fiquei muito impressionado com Brasília, é uma espécie de obra de arte com pessoas vivendo nela. É triste que seja uma cidade construída para quem tem carro, não é uma cidade amigável para quem anda, mas ainda assim as pessoas me parecem bastante felizes vivendo aqui.”
Ao todo, “Corpos Presentes” é formada por 11 instalações, além de fotografias, vídeos e maquetes. O corpo é a base da maior parte das obras da exposição, mas ele aparece configurado em formas diversas e por vezes subliminar. Em “Flesh”, a percepção da presença humana é sutil, já que o corpo se insinua dentro de um bloco concreto armado em forma de cruz. Já em “Mother’s Pride IV” a silhueta de um homem é esboçada com base em mordidas em fatias de pão de forma.
No caso de “Drift”, o artista extrapola os limites do corpo para
representar um ser humano feito de bolhas. “É como se o homem fosse uma
nuvem, um corpo livre, sem fronteiras. A pele como o limite do corpo é
uma ilusão”, opina o artista.
Na avaliação do curador da mostra, Marcello Dantas, a reflexão sobre um mesmo tema ao longo dos anos permitiu que Gormley explorasse os limites da arte contemporânea.
“Ele é um dos grandes escultores vivos hoje, com obras em quase todos os grandes museus do mundo. E teve um papel muito importante em redefinir o que é a imagem do corpo (...) O que existe no trabalho dele é uma unidade temática, o que faz com que você possa lidar facilmente com a enorme diversidade de linguagens que ele trabalha. A ideia central está claramente definida, então ele pode passear naquilo que é a arte de fato.”
Serviço
A exposição tem visita gratuita neste sábado (5) e domingo (6), entre 9h e 21h.
Local: Galerias I e II e Pavilhões I e II do CCBB (SCES, Trecho 2, lote 22).
Obra de Antony Gormley no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília (Foto: Jamila Tavares / G1)
Brasília foi a última cidade brasileira a receber a exposição. Em São
Paulo e no Rio, as peças de “Four times” também sofreram intervenções
como adesivos de times de futebol e sacos plásticos. Antes mesmo da
inauguração, uma peça instalada perto do Palácio do Planalto também foi
alvo de uma ação inesperada: a estátua foi enterrada.“É uma resposta natural. As pessoas não pediram por essas esculturas em seu espaço urbano, então é uma resposta plausível e divertida”, opinou Gormley antes do início da exposição.
A primeira exposição de Antony Gormley em Brasília é uma retrospectiva que relembra os quase 40 anos de carreira do artista inglês. Para receber o trabalho daquele que é considerado um dos maiores artistas plásticos da atualidade, o CCBB construiu um pavilhão novo em seu jardim, perto do Lago Paranoá.
Na
plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, uma escultura da
exposição “Corpos Presentes” apareceu vestida com um vestido amarelo
colado e curto. (Foto: TV Globo/Reprodução)
Em Brasília, o artista decidiu não instalar as peças da série “Four
times” em cima de prédios como fez em São Paulo, Rio de Janeiro, Londres
e Nova York. A escolha se deu devido à admiração que Gormley tem pelo
trabalho de Oscar Niemeyer e pelo desenho urbano da cidade, que
privilegia a observação do horizonte.“Eu fiquei muito impressionado com Brasília, é uma espécie de obra de arte com pessoas vivendo nela. É triste que seja uma cidade construída para quem tem carro, não é uma cidade amigável para quem anda, mas ainda assim as pessoas me parecem bastante felizes vivendo aqui.”
Ao todo, “Corpos Presentes” é formada por 11 instalações, além de fotografias, vídeos e maquetes. O corpo é a base da maior parte das obras da exposição, mas ele aparece configurado em formas diversas e por vezes subliminar. Em “Flesh”, a percepção da presença humana é sutil, já que o corpo se insinua dentro de um bloco concreto armado em forma de cruz. Já em “Mother’s Pride IV” a silhueta de um homem é esboçada com base em mordidas em fatias de pão de forma.
Na avaliação do curador da mostra, Marcello Dantas, a reflexão sobre um mesmo tema ao longo dos anos permitiu que Gormley explorasse os limites da arte contemporânea.
“Ele é um dos grandes escultores vivos hoje, com obras em quase todos os grandes museus do mundo. E teve um papel muito importante em redefinir o que é a imagem do corpo (...) O que existe no trabalho dele é uma unidade temática, o que faz com que você possa lidar facilmente com a enorme diversidade de linguagens que ele trabalha. A ideia central está claramente definida, então ele pode passear naquilo que é a arte de fato.”
Serviço
A exposição tem visita gratuita neste sábado (5) e domingo (6), entre 9h e 21h.
Local: Galerias I e II e Pavilhões I e II do CCBB (SCES, Trecho 2, lote 22).
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