MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Funcionários do PS fazem festa e não atendem vítima de infarto, diz PM


Publicitário de 55 anos passou mal em praça no centro de Taubaté (SP).
Polícia Civil abriu inquérito para investigar suposta omissão de socorro.

Do G1 Vale do Paraíba e Região
Uma das ambulâncias do Pronto Socorro de Taubaté, que não teria prestado socorro para publicitário vítima de ataque cardíaco. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)Uma das ambulâncias do Pronto Socorro de Taubaté, que não teria prestado socorro para publicitário vítima de ataque cardíaco. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar um suposto caso de omissão de socorro por parte de funcionários do serviço de emergência do Pronto Socorro de Taubaté, no interior de São Paulo. Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, eles deixaram de fazer um atendimento ao publicitário Maurício Vianna, de 55 anos, porque estavam realizando uma confraternização em horário de expediente.
O caso ocorreu no último dia 23 de dezembro, quando Maurício sofreu um ataque cardíaco em enquanto caminhava em uma Praça Doutor Barbosa de Oliveira, no centro da cidade. O publicitário recebeu ajuda de pessoas que estavam no local, mas não conseguiu acionar o Corpo de Bombeiros e nem o serviço de emergência do Pronto Socorro. Com a dificuldade em conseguir o socorro, ele pediu ajuda na base da Polícia Militar instalada próxima à rodoviária da cidade.

"Primeiro ligaram para ambulância e disseram que demoraria de 1h a 1h30, porque não tinha ambulância para me atender. Ligaram para o Corpo de Bombeiros e falaram que estavam em ocorrência e que também não poderiam me atender. Aí, foi quando o tenente solicitou uma viatura para me levar para o Pronto Socorro, só que esse tenente, antes de me socorrer, ele passou na porta do Pronto Socorro de Taubaté e viu as ambulâncias paradas", contou.
O publicitário que ficou aguardando atendimento ao PS. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)O publicitário que ficou aguardando atendimento
ao PS. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
Depois de 15 dias de internação, ele voltou ao trabalho nesta terça-feira (8). “Hoje ainda não me sinto bem, com muita dor no peito, não me sinto em condições de trabalhar, trabalho, porque tenho que trabalhar e porque me deram alta. Pessoas estranhas estão se preocupando comigo e a Saúde não se preocupou comigo", disse.

O que chama atenção nesse caso é o motivo da demora da ambulância. Segundo informações que constam no boletim de ocorrência da Polícia Militar, quando Maurício passou mal, quatro ambulâncias estavam paradas no pátio do Pronto Socorro enquanto a equipe - que deveria estar pronta para atender a população - participava de uma confraternização de fim de ano. Por essa razão, segundo a PM, os funcionários não atenderam ao chamado de emergência.
O comando da Polícia Militar informou que enviou ao Ministério Público e à prefeitura um relatório para que o caso seja investigado. A Polícia Civil instaurou um inquérito e agora vai ouvir a vítima e também os policiais que atenderam a ocorrência. "A administração pública ela tem que prestar serviço aos cidadãos, não pode haver recusa para eventual privilégio de funcionários. Isso, a lei não permite. Essa atitude é indício de crime", relatou o delegado do 1º Distrito Policial, José Luiz Miglioli.
Ainda de acordo com o delegado, os responsáveis podem responder por omissão de socorro e prevaricação, que é crime cometido por funcionário público. O Ministério Público deve analisar o caso após o retorno do recesso na próxima semana.

Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de Taubaté informou que vai colaborar com a investigação da polícia e como o fato aconteceu em dezembro, nós também procuramos a gestão anterior de Roberto Peixoto (sem partido), que afirmou desconhecer o caso. Atualmente, dez viaturas fazem o atendimento no Pronto Socorro da cidade. Outras seis estão em manutenção.

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