MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Gigante do varejo de música HMV pede concordata


Conhecida cadeia britânica, fundada há mais de 80 anos, não conseguiu se adaptar ao comércio online.

Da BBC
HMV enfrenta problemas há mais de um ano; na foto, a filial da loja em Oxford Street (Foto: Reuters)HMV enfrenta problemas há mais de um ano; na
foto, a filial da loja em Oxford Street (Foto: Reuters)
A famosa cadeia britânica especializada em música e filmes HMV entrou em concordata após mais de 80 anos de existência, tornando-se a mais recente empresa de projeção mundial no ramo a passar por sérias dificuldades em virtude da queda de vendas de CDs e afins.
A Deloitte, auditoria apontada como administradora da empresa em processo de concordata, vai manter abertas as 239 lojas da HMV no Reino Unido e na República da Irlanda - que empregam 4.350 pessoas -, enquanto avalia as perspectivas para o negócio e procura potenciais compradores.
A negociação de ações da HMV na Bolsa de Valores de Londres foi suspensa, informou a empresa em um comunicado.
A HMV, que iniciou suas atividades em 1921, tem encontrado problemas para se adaptar ao varejo online, mas suas dificuldades também refletem o mau momento enfrentado por várias cadeias das principais ruas de comércio britânicas.
Recentemente, o país testemunhou a falência da Jessops, varejista da câmeras e filmes fotográficos, e da conhecida cadeia de eletroeletrônicos Comet.
Promoção
A HMV se encontrava em crise financeira havia mais de um ano. Em 13 de dezembro ela avisou que poderia ter que quebrar acordos de empréstimos bancários, o que fez o preço de suas ações desabar.
A varejista, cuja primeira loja foi aberta em Oxford Street, Londres, em 1921, foi duramente afetada nos últimos anos pela forte concorrência de supermercados, varejistas online e downloads digitais.
Como dívidas se acumulando, a HMV vendeu parte do negócio, seu braço de entretenimento ao vivo e a cadeia do livro Waterstones.
Na semana passada, ela anunciou uma promoção especial de um mês, com corte de 25% dos preços, o que provocou temores de que a empresa precisava se livrar do estoque após vendas fracas no Natal.
O jornal Financial Times informou que a gota d'água veio nos últimos dias, quando os fornecedores, incluindo gravadoras e empresas de cinema, se recusaram a ajudar a HMV com financiamento para que pudesse continuar a operar.
'Irrelevante e insustentável'
Neil Saunders, diretor da empresa de análise de varejo Conlumino, disse que a nomeação de administradores para a HMV 'sempre foi inevitável'.
Ele disse: 'Enquanto muitos fracassos dos últimos tempos têm sido, pelo menos em parte, impulsionados pela economia, os problemas da HMV decorrem de uma falha estrutural.
'Na era digital, onde 73,4% da música e do cinema estão online, e o modelo de negócios da HMV simplesmente se tornou cada vez mais irrelevante e insustentável'.
Ele disse que, embora a marca HMV 'certamente tem algum valor' para os potenciais compradores, o modelo de negócios atual está morto.
'Não há futuro real para o varejo físico no setor da música', disse ele.
Maureen Hinton, analista da Verdict Research, concorda que HMV foi lenta quando se trata de vendas digitais.
'Se a empresa tivesse migrado para o online há 10, 15 anos, teria uma marca muito forte, que poderia ter construído uma presença real', disse ela à BBC. 'Mas, no momento, se pensarmos online só pensamos na Amazon'.
Mateus Hopkinson, da Local Data Company, disse que os problemas com a HMV são particularmente preocupantes para os centros comerciais.
'Se você levar em conta o ocorrido a mesma semana com a Jessops, é de se esperar outros problemas nas high streets (principias ruas de comércio varejista nos grandes centros urbanos).
'E HMV particularmente tem algumas lojas muito grandes - e, obviamente, mais de 60% de suas lojas estão em centros comerciais, que serão atingidos.'

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