MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Governo publica novas regras para pulverização aérea de agrotóxicos


Aplicação de agrotóxicos nas lavouras de soja agora têm novas normas.
Objetivo é proteger as abelhas e insetos na época da floração.

Do Globo Rural

Nas grandes propriedades agrícolas de Mato Grosso, vem aumentando nos últimos anos o uso de aviões para fazer a aplicação de agrotóxicos contra pragas e doenças.
Em dezembro, o Ministério da Agricultura anunciou novas normas para pulverização aérea, alguns ingredientes ativos tiveram restrições na aplicação: imidacloprido, clotianidina, fipronil e tiametoxan.
Para esses produtos, será permitida a pulverização áerea até 30 de julho do ano que vem. Na soja e no algodão, por exemplo, o agricultor poderá fazer duas pulverizações durante todo o ciclo da planta, desde que não sejam em época de floração. Depois de 30 de julho, esses produtos só poderão ser utilizados em pulverizações terrestres.
Uma plantação de soja está com 60 dias de desenvolvimento e começa agora a aparecer as flores. Nas outras culturas, são as abelhas e os outros insetos que pegam o pólen e o levam para a parte feminina da flor, favorecendo a fecundação. É assim que a flor consegue se transformar em fruto viabilizando a produção, só que no caso da soja, há uma diferença.
O agrônomo Ulisses Rocha é também professor e pesquisador da Universidade Estadual Paulista e explica como ocorre a polinização na soja.
“A soja não necessita do polinizador para ter esse processo de fecundação, ela é chamada autógama. A flor quando ainda está fechada tem a passagem do pólen para a parte feminina, onde ocorre a fecundação, e somente depois disso a flor se abre. Por isso, apesar dos polinizadores frequentarem as flores da soja, eles não têm influência no processo de fecundação, e portanto, o polinizador, como as abelhas não interferem no potencial produtivo da cultura".
O professor diz que, mesmo não sendo importantes na polinização, as abelhas têm que ser preservadas e é preciso aumentar cada vez mais o controle das pulverizações para reduzir os riscos ao meio ambiente porque com a ação dos ventos, os agrotóxicos podem ser levados para as regiões vizinhas.
Pelas novas regras, o agricultor que for fazer pulverização aérea, precisa comunicar os apicultores que mantém criação em um raio de seis quilômetros da propriedade. O aviso tem que ser feito com 48 horas de antecedência.

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