Há 40 anos, costureira prepara fantasias da Novo Império, no ES

Ao todo, doze pessoas costuram fantasias da agremiação.
Escola vai narrar o 'fim do mundo' no dia 1 de fevereiro.

Do G1 ES

Fantasias espalhadas por todos os lados: na varanda, na sala e até nos quartos da casa, em cima de móveis. Na residência da costureira Marlene Souza Santana, que coordena a equipe de confecções da escola Novo Império, o que menos importa é a bagunça causada pelas alegorias carnavalescas. Ao todo, doze pessoas, divididas em dois turnos, produzem o material que será usado pelos componentes da agremiação no dia 1 de fevereiro.
"Eu me dedico de corpo e alma. Minha casa fica uma bagunça, a gente ocupa até os lugares para dormir. Se precisar, durmo no chão, ou até em cima da mesa", declarou Marlene, visivelmente satisfeita com o trabalho.
Ainda segundo Marlene, pela escola, todo o esforço vale a pena. "Trabalho com isso há 40 anos. Minha família também se envolve. Minha irmã é destaque, minhas sobrinhas desfilam. A emoção é tão grande, que não dá nem para explicar. Ver o seu trabalho na avenida, com mais de mil pessoas desfilando...É muito emocionante", contou.

Equipe de confecção de fantasias na reta final para o carnaval. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Barracão
Na quadra da agremiação de Caratoíra, em Vitória, os preparativos estão na reta final. No local, são feitas as esculturas e os pequenos detalhes que enfeitam os carros alegóricos. A escola aproveitou o grande burburinho sobre o fim do mundo e decidiu narrar o assunto em seu enredo para o carnaval capixaba.
Apesar do tema, os foliões podem esperar surpresas. O artista plástico Marlon Brandão veio de Parintins, no Amazonas, especialmente para trabalhar na produção da Novo Império. "Eu acho que a arte vai se comparar ao carnaval do Rio. Quem for, vai notar a diferença nos carros alegóricos, que foram feitos sob uma nova concepção", disse.