Cerca de 80 pessoas passaram a noite no local para exigir fim de disputa por terra onde vivem 68 famílias no interior do Estado
Isadora Peron, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Os moradores do assentamento Milton Santos e
estudantes que ocupavam a sede do Instituto Lula, no bairro Ipiranga,
zona sul de São Paulo, desde a manhã dessa quarta-feira, 23, deixaram o
local por volta das 14h desta quinta-feira, 24.
Segundo um dos moradores do assentamento, que coordenou a ocupação do instituto, Paulo Albuquerque, se o governo federal não assegurar que as famílias não serão despejadas, o grupo irá ao encontro da presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira, 25. Dilma estará em São Paulo para participar das comemorações do aniversário da cidade.
"Nós vamos ouvir o que o presidente nacional do Incra tem a dizer, mas se a negociação não apontar para a resolução do problema, nossa luta vai continuar. A gente sabe que a presidente Dilma vai ter várias atividades em São Paulo na sexta-feira, 25, e nós vamos até ela", disse Paulo Albuquerque.
Segundo decisão da Justiça Federal, o assentamento está numa área particular e deve ser desocupada até o dia 30 deste mês. O objetivo da invasão do Instituto Lula era conseguir que o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intercedesse junto à presidente Dilma para solucionar o caso.
Vistoria. Antes de deixar o prédio, que serve como sede das articulações políticas do ex-presidente, os manifestantes pediram aos diretores do instituto para que verificassem se estava tudo em ordem no local. Após a vistoria, o ex-ministro Luiz Dulci afirmou que não havia nada danificado e que o prédio estava limpo. Dulci disse ainda que os 25 funcionários do instituto devem voltar ao trabalho ainda nesta tarde.
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