MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Justiça determina prisão preventiva para vereadora que forjou sequestro


Desta forma, Ana Maria (PT) ficará presa até o fim do julgamento.
Advogado disse que não conhece teor da decisão, mas deve recorrer.

Bibiana Dionísio Do G1 PR

Vereadora Ana Maria (PT) é escoltada na saída da delegacia (Foto: Eduardo Scola/RPC TV)Vereadora Ana Maria (PT), que  está de camiseta branca, é escoltada na saída da delegacia (Foto: Eduardo Scola/RPC TV)
A Justiça decretou nesta sexta-feira (4) a prisão preventiva da vereadora de Ponta Grossa, no interior do Paraná, Ana Maria de Hollebem (PT), conhecida como Professora Ana, que é suspeita de forjar o próprio sequestro.  Desta forma, caso o advogado dela não consiga reverter a decisão, ela permanecerá detida até o fim do julgamento.
Como agente político, a vereadora tem foro privilegiado e por isso deve ficar presa em uma cela especial ou em um quartel. Em respeito ao Código Penal, ela foi transferida para o quartel do Corpo de Bombeiros da cidade.

A parlamentar está presa desde quarta-feira (2) e o advogado que a representa, Pablo Milanese, chegou a protocolar um pedido de liberdade provisória que foi negado. Agora, ele deve recorrer da decisão que a manteve presa. “Nós ainda não temos conhecimento do teor, mas vamos ter contato com a decisão e ver como agir”, afirmou Milanese.

A fraude
Ana Maria, que foi eleita para o terceiro mandato nas eleições de outubro de 2012, sumiu por volta das 18h depois de sair do Cine Teatro Ópera, onde foi realizada a cerimônia de posse dos vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos. Do teatro, ela deveria ter ido para a Câmara Municipal para participar da eleição da Mesa Diretora, mas não apareceu.
Vereadora Ana Maria (PT), momentos antes de sumir (Foto: Reprodução/RPC TV)Vereadora Ana Maria (PT), momentos antes de sumir
(Foto: Reprodução/RPC TV)
A ausência da vereadora acabou suspendendo a votação. Alguns parlamentares se negaram a dar início à eleição, sem a presença da colega.

Na tarde de quarta-feira, a vereadora apareceu na Santa Casa de Misericórdia, demonstrando-se atordoada. Ela recebeu atendimento médico e foi transferida para o Hospital Regional da cidade de onde saiu direto para a 13ª Subdivisão Policial.

De acordo com a polícia, a vereadora forjou o próprio sequestro para não participar da votação da Mesa Executiva. O motivo exato ainda é desconhecido, já que ela recorreu ao direito de se manifestar apenas em juízo.  Além de Ana Maria, outras quatro pessoas são suspeitas de envolvimento na fraude. O inquérito policial apontou que elas devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, fraude processual e falsa comunicação de crime.
Votação adiada
Após adiarem por duas vezes a sessão que escolheria o novo presidente da Câmara de Vereadores, na quinta-feira (3), os colegas de Ana Maria escolheram o nome do parlamentar Aliel Machado (PC do B) para comandar a Casa.

Logo no primeiro discurso como presidente da Câmara, Machado defendeu que os colegas investiguem o caso da vereadora presa. “Temos muito o que descobrir e saber os motivos que levaram a vereadora a cometer um ato que envergonhou a cidade de Ponta Grossa a nível nacional”, declarou.

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