MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Leprosário será demolido para construção do novo Couto Maia

Luan Santos A TARDE

  • Marco Aurélio Martins | Ag. A TARDE
    Hospital será transformado em unidade especializada em dependência química
O secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, anunciou, nesta quarta-feira, 23, que o Hospital Dom Rodrigo de Menezes (HDRM), antigo leprosário, em Cajazeiras II,  será demolido para a construção do novo Instituto Couto Maia (ICM). A unidade será especializada em dermatologia sanitária, assim como a atual sede do Hospital Couto Maia e do HDRM. De acordo com Solla, as atividades do HDRM, que atende pacientes com hanseníase, serão encerradas no próximo dia 4 de fevereiro.
Solla destacou que esta é uma medida importante para combater o estigma que ainda existe em relação à hanseníase "Não cabe mais na sociedade atual um leprosário. A modalidade de atendimento à pessoa com hanseníase é ambulatorial dentro dos serviços, como qualquer outra doença infecciosa", reiterou.
O secretário explicou ainda que o motivo para a desativação do antigo leprosário para a construção de uma nova unidade é a qualificação do atendimento às pessoas com doenças infecto-contagiosas.

"O prédio do Couto Maia é belíssimo, mas a estrutura física não é mais adequada, por isso alguns serviços são limitados", disse. Segundo Solla, o atual prédio onde funciona o Hospital Couto Maia, construído em 1853, será sede para o Hospital Especializado em Atenção à Dependência Química, primeiro no Estado com esta especialidade.
Nova unidade - O Instituto Couto Maia será construído a partir de uma Parceria Público Privada (PPP). Neste modelo, que já é adotado no Hospital do Subúrbio, a empresa vencedora da licitação será responsável pela construção e administração dos serviços condominiais, como recepção e alimentação. O Estado será responsável pelos serviços clínicos.
A empresa vencedora da licitação será conhecida hoje em leilão realizado na Bovespa, em São Paulo. O contrato com a concessionária será firmado até março, segundo Solla. A empresa terá prazo de 18 meses para construir a nova unidade.  O investimento será de R$ 70 milhões.
A nova unidade contará com centro cirúrgico, ambulatório de doenças infecciosas, serviço de reabilitação, ultrassonografia, endoscopia digestiva e farmácia, dentre outros atendimentos.
Segundo a diretora do Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes, os pacientes que eram atendidos no HDRM serão encaminhados para a unidade que dirige e para o Hospital Roberto Santos.
"No Couto Maia, os pacientes passarão pelos processos de triagem, diagnóstico, acompanhamento e medicação. No Roberto Santos, serão realizados procedimentos cirúrgicos necessários, como biópsias", afirmou.
Abílio Marcos Menezes, 55 anos, realiza tratamento contra diabetes no HDRM há 13 anos e lamentou a desativação das atividades do local. "Aqui era quase minha segunda casa. Qualquer problema, eu vinha para o hospital". Assim como ele, Eduardo Nicácio, 61, também não aprovou a desativação. "Há quatro anos eu venho aqui me consultar e sempre fui bem tratado", disse.

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