MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de janeiro de 2013

Médica ensina como amenizar problemas respiratórios em Belém


Postos de saúde de Belém ficam lotados durante o período chuvoso.
Diagnóstico correto é o primeiro passo para o tratamento das doenças.

Do G1 PA

Durante este período do ano, em Belém, os postos de saúde e hospitais da cidade costumam receber um aumento na demanda de pacientes procurando atendimento para problemas respiratórios. Segundo a diretora do posto de saúde do bairro de Fátima, Liliana Conde, os atendimentos para este tipo de ocorrência aumentam mais de 20% com a chegada do período chuvoso.
A  aposentada Norma Libdy tem asma, e já precisou ser internada várias vezes quando chega esse período de aumento de chuvas e umidade. "Quando começa a chover, eu me preocupo, porque aí já vai dando a falta de ar e muita tosse. E tenho um pouco de dificuldade pra dormir. Para que eu tenha um sono tranquilo é muito difícil", comenta.
A estudante Fernanda Libdy, neta de dona Norma, tem rinite desde a infância. A última crise mais forte que ela teve, foi no Natal de 2012. "Como a gente ter que arrumar as coisas, a casa, então minha mãe pediu para eu limpar o chão. Então eu fui, e fiz do jeito que a gente sempre fazia. Só que quando chove a casa fica mais fechada, então acho que tava mais úmido, tinha mais poeira. À noite eu já tava espirrando muito, meu rosto já estava inchado", lembra.
A adolescente Allana Libdy, de 15 anos, tem asma, rinite e sinusite, doenças que ficam mais complicadas nesse período do ano. "Eu sinto muita dificuldade de respirar, principalmente quando chega no inverno. Eu não consigo fazer muita atividade física porque eu me canso logo, e de noite eu tenho sentido muita, mas muita dificuldade mesmo, de respirar. Principalmente quando eu vou me deitar, porque eu fico agoniada, parece que eu tenho que procurar uma posição pra ver se eu consigo respirar. Eu sempre tô em tratamento porque, se parar de ir no médico, volto a ter crise, principalmente pneumonia", explica.
Especialista dá dicas para amenizar os problemas
Para tentar ajudar quem tem problemas de alergia, asma, rinite, que ficam piores ainda nessa época do ano, a pneumologista Lúcia Sales tem algumas dicas de como podemos diminuir essa proliferação de vírus e bactérias.
Segundo a médica, antes de mais nada é preciso diagnosticar corretamente qual o problema respiratório em questão. "É importante a gente ter esse cuidado com a gente mesmo. Lembrar que, tosse, especialmente se apresentar uma duração de mais de duas semanas, não é normal; viver com o nariz congestionado não é normal, normal é respirar pelo nariz e não pela boca. A respiração pela boca predispõe a inflamação de garganta, e é a porta de entrada do sistema respiratório. Então, importante: tem congestão nasal constantemente, tem tosse que está durando duas semanas ou mais, tem que procurar o serviço de saúde e saber o que tem", explica.
De acordo com a pneumologista, asma e rinite, como são doenças crônicas, devem ser tratadas o tempo todo. "Asma e a própria rinite, devem ser tratadas o tempo todo, e de acordo com a orientação médica que é dada. Não é só usar a medicação nas crises", ressalta.
A médica diz que, quem sofre de problemas respiratórios deve procurar estar em ambientes arejados e bastante ventilados. Em casa, pisos de lajota favorecem a limpeza, e sofás com tecido emborrachado ou algum outro tecido que não seja muito felpudo, devem ser priorizados, já que não acumulam tanta poeira. "A maior parte das alergias é consequência da presença dos ácaros no ambiente. E o ácaro está na poeira doméstica. A preocupação maior nessa questão não é tanto com a poeira de rua, que entra mais como um irritante. Então, limpeza da casa com pano úmido. O ideal é não varrer a casa", orienta.
Em residências onde o ventilador é muito utilizado, a médica diz que é necessário limpar o eletrodoméstico diariamente. "O ideal, se for usar o ventilador, é limpá-lo todos os dias. A palheta do ventilador tem que ser limpa todos os dias também, com um pano úmido. E o adicional é que, idealmente, este ventilador não ventile em direção a pessoa. O ideal seria ventilar em direção a parede, e a família receberia esse vento de maneira indireta", explica.
"Casa que tem doente respiratório não deve ter tapete, não deve ter cortinas, e o mínimo de adornos possível. Especialmente no quarto, você tem que ter o mínimo de coisas expostas possível, para que haja um mínimo acúmulo de poeira", afirma a médica. De acordo com ela, a cama onde a pessoa dorme, se for possível, deve ter um protetor de colchão ou de travesseiro, porque este material tem uma trama que dificulta a passagem do ácaro. "Mas, se não for possível ter essa capa, alternativas existem. Por exemplo, se entra sol no quarto, o ideal é deixar a luz solar entrar em contato com o colchão, pelo menos duas ou três vezes durante a semana. A roupa de cama deve ser lavada, preferencialmente, pelo menos uma vez por semana. E na hora que for passar, passar com o ferro bem quente. Isso também ajuda a minimizar a presença desse ácaro", comenta.
Um dos itens destacados pela pneumologista é, também, a questão da vacinação contra a gripe, mesmo para quem tem problemas respiratórios. "A questão da vacinação é muito importante. Os idosos devem ser vacinados anualmente contra gripe, mas também quem tem doença respiratória crônica deve receber essa vacinação. Justamente os grandes causadores das descompensações respiratórias são as infecções virais. Então, se você faz a vacinação anual, não é que você não vai mais ter aquele problema mas, você vai ter menos do que quem não foi vacinado", explica.

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