MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

No discurso de posse, Obama faz apelo pela união dos EUA


Presidente democrata tomou posse publicamente de segundo mandato.
Reeleito citou gays, ambiente e saudou fim de década de guerra e crise.

Do G1, em São Paulo

Obama se prepara para fazer discurso depois do juramento (Foto: Emmanuel Dunand/AFP)Obama se prepara para fazer discurso depois do juramento (Foto: Emmanuel Dunand/AFP)
O presidente reeleito dos EUA, Barack Obama, fez nesta segunda-feira (21) um apelo pela união dos Estados Unidos, em seu discurso de posse.
Em discurso nas escadarias do Capitólio, o democrata reiterou o compromisso norte-americano com a liberdade e protegeu, em seu segundo governo, proteger os mais vulneráveis.
Ele afirmou que o povo americano não pode mais enfrentar os problemas do mundo moderno sozinho, mas apenas em cooperação.
"Mais do que nunca, precisamos fazer tudo isso juntos, como uma só nação, como um só povo", disse, em um discurso que apelou aos valores americano e que ele considerou "acima de partidos e facções".
O democrata afirmou que esta geração de americanos foi testada por uma década dura, de guerras e crise econômica, que estão acabando, mas tem todas as características que o mundo moderno precisa.
O presidente reeleito fez uma autocítica, afirmando que muitos programas do governo são ultrapassados, e disse que o país precisa se lembrar das "lições do passado".
Obama também citou a questão ambiental, afirmando que cabe aos EUA um papel central na preservação do planeta.
Cerimônia pública
Obama discursou logo após prestar seu juramento público, nas escadarias do Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em uma cerimônia prestigiada pela cúpula do Partido Democrata e também por importantes membros do rival Partido Republicano, como o senador John McCain, derrotado por Obama em 2008, e Paul Ryan, vice-candidato na chapa derrotada pelo democrata em 2012.
Os ex-presidentes americanos vivos também vieram, com a excessão de George Bush Pai, que está doente, e de seu filho, George W Bush.
Mas marcaram presença o democrata Jimmy Carter e o  também democrata Bill Clinton e sua mulher Hillary, atual secretária de Estado.
Obama reassume em um tom mais moderado que o adotado em sua primeira e histórica posse, em 2009, mas, segundo analistas, mais livre para deixar seu legado na história dos EUA.
Obama foi reeleito em 6 de novembro, após vencer o republicano Mitt Romney em uma disputa dura.

Tecnicamente, diante da Constituição dos EUA, a posse de Obama e a de seu vice, Joe Biden, ocorreram no domingo, em cerimônias discretas.
Quando o dia estabelecido pela Constituição para a posse, 20 de janeiro, cai em um domingo, a festa pública em Washington é protelada para o dia seguinte.

A difícil disputa eleitoral em 2012, o desemprego persistentemente elevado durante o primeiro mandato e confrontos fiscais com a oposição republicana no Congresso - tanto no passado como no futuro - moderaram a esperança que Obama simbolizava quando assumiu o cargo em 2009, quando obteve a vitória sobre o senador John McCain e se tornou o primeiro presidente negro dos EUA.
Na posse pública, Obama, de 51 anos, repetiu, pouco antes do meio-dia local (15h no horário brasileiro de verão), o juramento feito oficialmente na véspera:
"Eu, Barack Hussein Obama, juro solenemente cumprir fielmente as funções de presidente dos Estados Unidos e, em toda a extensão da minha capacidade, preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos" são as palavras que o 44º presidente deverá pronunciar, nos degraus do Capitólio, sede do Congresso dos EUA.
Obama fez o juramento com sua mão direita levantada e a esquerda sobre duas Bíblias - a de seu antecessor Abraham Lincoln, salvador da União, e a de Martin Luther King, arauto da luta pelos direitos civis nos anos 1960.
O discurso é seguido por um desfile na Pennsylvania Avenue, que liga a sede do poder legislativo à Casa Branca.
A primeira posse de Obama, em janeiro de 2009, provocou um fluxo de cerca de dois milhões de pessoas no Mall, a imensa esplanada no coração de Washington.
Alguns discursos inaugurais ficam para a história, como os proferidos por Abraham Lincoln e John F. Kennedy.
Após o discurso, Obama e sua esposa Michelle vão percorrer a Pennsylvania Avenue sob os aplausos da multidão, antes de assistirem à chegada de um grande desfile das arquibancadas instaladas em frente à residência presidencial.
O dia histórico começou com uma missa na Igreja de Saint John's, perto da Casa Branca e será concluído com o baile de posse no Palácio do Congresso, em Washington, onde milhares de pessoas e uma reunião de celebridades são esperadas, incluindo Stevie Wonder, Katy Perry e o grupo de rock Soundgarden.
Milhares de membros das forças de segurança foram mobilizados para proteger o centro da capital americana, convertida em um acampamento.
Nova agenda
Obama começa seu segundo mandato em circunstâncias talvez menos difíceis do que em 2009, quando a crise econômica estava em seu auge.
Mas outros assuntos surgiram em sua agenda desde sua reeleição, como a luta contra a violência por armas de fogo após o assassinato de crianças em uma escola de Newtown, em meados de dezembro.
Obama também deve ter mais tempo para se engajar em temas de política externa como Irã, Oriente Médio, Síria e a retirada do Afeganistão, segundo analistas ouvidos pelo G1.
Mas, a exemplo do que ocorreu no primeiro mandato, a relação com o Brasil e a América Latina devem continuar fora do quadro de prioridades do democrata.

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