MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

No Sul do RJ, forte chuva deixa desalojados em Angra dos Reis


Segundo a Defesa Civil, eram 50 desalojados por volta de 13h.
A cidade de Mangaratiba, município vizinho, também está alagada.

Carolina Lauriano Do G1 Rio

A cidade de Mangaratiba, na Região da Costa Verde, alagada (Foto: Carolina Lauriano/G1)Mangaratiba, na Região da Costa Verde, alagada por causa da chuva (Foto: Carolina Lauriano/G1)
A chuva que atinge o estado do Rio de Janeiro, desde a noite de quarta-feira (2), deixou vários bairros alagados nos municípios da Região da Costa Verde, no Sul do estado. Na tarde desta quinta (3), a cidade de Mangaratiba estava debaixo d'água e moradores usavam barcos para se deslocar. Até as 15h, 88 famílias estavam desalojadas, segundo a Defesa Civil municipal.O município de Angra dos Reis evacuou 2 mil pessoas e contabiliza três pessoas feridas.
Com 115 desalojados — ou seja, pessoas que não têm para onde ir — o município de Mangaratiba terá mais chuva nas próximas 24h, de acordo com o secretário de Defesa Civil, coronel Alex Sandro Fernandes. “O tempo só deve melhorar no sábado”, afirmou. De acordo com a Defesa Civil do estado do Rio, às 16h havia 113 desalojados em abrigos e 17 em casas de parentes.

As famílias estão sendo encaminhadas para os quatro abrigos montados pela prefeitura. Às 16h30, a informação era de que a enchente não havia deixado nenhuma vítima .
Os centros de acolhimentos ficam nos distritos de Conceição, Centro, Muriqui e Itacuruçá.

As áreas mais críticas são Axixá, na RJ-114; Morro de Santo Antônio; Toca da Velha e Morro do Cristo, ambas no Centro de Mangaratiba. Por volta das 18h45, a RJ-14 havia sido interditada na altura de Itacuruçá, por medida de segurança.

Cinco casas foram atingidas, quatro em Itacuruçá e uma no Morro do Cristo. O alagamento mais problemático é na Praia do Saco e no complexo da Palha, que é uma região de baixada, como explicou o coronel.

Duzentos kits de acolhimento foram enviados para Mangaratiba pelo Governo do estado.

“Procure qualquer sinal de rachadura, alagamento. Se sentindo ameaçado por qualquer motivo, não hesitar. Não se preocupar em pegar grandes coisas. Pegar remédio, documentos importantes, se preocupar com as crianças e idosos e procurar os pontos de apoio da prefeitura”, alertou o secretário, ressaltando que os pontos de apoio não são os abrigos, mas sim locais onde equipes da prefeitura atendem a população.
A Rua da Palha, no bairro da Praia do Saco, foi totalmente inundada. De caiaque, equipes da Defesa Civil municipal pediam aos moradores que deixassem suas casas. Quem aceitava sair, era levado para um dos três abrigos de Mangaratiba em um ônibus.
Por volta das 14h, o advogado e consultor jurídico da Prefeitura de Mangaratiba, Rogério Calazans, procurava um lugar para almoçar. Ele estava ilhado e sem luz desde o início da manhã desta quinta-feira (3). "Eu ia voltar de moto para o Rio, mas nao dá nem pra passar nessa rua", afirmou.
O pintor Alexandre Araújo, morador de Campo Grande, na Zona Oeste da capital, alugou uma casa na praia de Mangaratiba, para descansar com a mulher e filho, mas acabou encarando o temporal que atinge toda a região. "Agora é tentar se divertir dentro de casa. Ficamos sem luz e encarei muita água pra comprar comida", disse ele, no meio da rua alagada.
Chuva não dá trégua
Em Angra dos Reis, havia 50 desalojados por volta de 13h, de acordo com a Defesa Civil do município. Todos foram levados para quatro abrigos da cidade. Inicialmente, eram 72 desalojados, mas algumas pessoas conseguiram seguir para casas de amigos e parentes, deixando os abrigos.
Outras oito famílias estão desabrigadas por causa de desabamentos e interdição de residências. A cidade, no fim desta tarde, ainda estava em estado de emergência por causa das chuvas. Em 14 horas, foi registrado o índice pluviométrico de 200 mm, quase a mesma quantidade de todo o mês de janeiro do ano passado, quando o índice foi de 208 mm.
Os bairros de Bracuí e Santa Rita foram os mais afetados, de acordo com a Prefeitura de Angra. Nesses bairros houve diversos pontos de alagamento por conta do assoreamento dos rios e canais.
Moradores de Mangaratiba usam barcos para se deslocarem (Foto: Carolina Lauriano/G1)Moradores de Mangaratiba usam barcos para se deslocarem (Foto: Carolina Lauriano/G1)
Além disso, alguns moradores da Japuíba tiveram que sair das casas às margens do rio que corta o bairro, que transbordou. O nível do rio está baixando, mas está prevista nova maré cheia por volta das 17h. Na localidade de Lambicada, o Corpo de Bombeiros está trabalhando na estabilização de uma encosta que cedeu.
O Instituto estadual do Ambiente (Inea), divulgou alerta de estágio de atenção para o Rio Mambucaba, em Angra dos Reis.
Início da chuva
A chuva teve início por volta de 21h de quarta-feira (2) e seguiu por toda a madrugada. O bairro de Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, foi o bairro mais atingido, onde teve deslizamento de terra.

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