MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O DESCASO COM A VIDA HUMANA IMPERA NO BRASIL DO PT

Paciente idoso morre depois de esperar por atendimento

Idoso foi transferido para Belém, mas teve que voltar a cidade de origem.
Paciente morreu na manhã de domingo, 20, com insuficiência respiratória.

Do G1 PA

Morreu no último domingo (20), o idoso de 60 anos que teve que esperar mais de sete horas dentro de uma ambulância por atendimento adequado. Ele era de Castanhal, nordeste do Pará, e foi encaminhado ao Pronto Socorro da 14 de Março, em Belém, mas não pode ser atendido e teve que retornar para a cidade de origem. No velório, familiares lamentaram a morte do idoso.
Cesário Dias de Lima morreu de insuficiência respiratória no hospital São José, em Castanhal. Depois de passar 6 dias internado no hospital municipal de Castanhal, com pneumonia, o idoso teve o estado de saúde agravado e foi transferido no sábado (19) pela manhã para o Pronto Socorro (PSM) da 14 de Março, em Belém.
O problema foi que o paciente não foi aceito. Segundo a direção do pronto socorro, o paciente estava com tuberculose e precisava de cirurgia, mas a unidade não é referência nesse tipo de atendimento.
O diretor do PSM, André Oliveira, diz que houve erro na avaliação dom idoso antes da transferência. “Penso que a informação prévia, principalmente de quem vem do interior, de falar com nosso médico plantonista resolveria certamente 90% dos casos. Porque você tria já na unidade que não é o perfil. A pré-comunicação, o pré-hospitalar é fundamental para que esse tipo de transtorno não aconteça”, afirma André.
O paciente nem deu entrada na unidade de saúde, ficou o tempo todo dentro da ambulância com falta de ar. Do PSM ele foi mandado de volta para o hospital municipal de Castanhal, entre as viagens e o tempo de espera, Cesário ficou por mais de 7 horas dentro da ambulância. Só na noite de sábado (19), ele finalmente foi internado no hospital São José mas não resistiu e morreu ás 6h da manhã de domingo.
A direção do hospital não foi encontrada para falar sobre o caso, mas a enfermeira chefe que estava no plantão disse por telefone que o paciente chegou com um quadro grave de insuficiência respiratória em função da pneumonia. O pâncreas e o fígado já estavam comprometidos e os exames de laboratório apresentaram alterações que a medicação não conseguiu reverter.
Para Valdick Lima, que acompanhou o pai na peregrinação pelos hospitais em busca de atendimento adequado, o sentimento é de indignação.  “Não poderia atribuir a uma pessoa o que aconteceu. Mas sim a um sistema onde poderia ter uma responsabilidade maior não só em relação ao meu pai, mas em relação a sociedade”, afirma Valdick.

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