Mais de 230 pessoas morreram em incêndio em boate de Santa Maria.
Ministério da Justiça ofereceu equipes da Força Nacional e da PF.
O Ministério da Integração Nacional informou que cederá um especialista em manejo de cadáveres, um em desastres e dois peritos em incêndio. A equipe será coordenada pelo secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Vianna.
Já o Ministério da Defesa disse que médicos militares ajudarão as autoridades locais. A Força Aérea Brasileira (FAB) também já disponibilizou aeronaves para o transporte de corpos.
Uma aeronave levará três cirurgiões e uma equipe de enfermeiros do Rio de Janeiro para a cidade, outro avião levou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para Santa Maria e um terceiro, de Campo Grande (MS), foi enviado para eventual translado de corpos.
Além disso, cinco helicópteros da FAB foram colocados à disposição. O Exército montou um gabinete de crise em Santa Maria para apoio logístico.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, disse que vai colocar a estrutura da secretaria à disposição dos familiares e solicitar celeridade na divulgação da lista de mortos, para minimizar o sofrimento dos familiares. As primeiras notícias dão conta de aproximadamente 230 pessoas mortas.
Em entrevista ao G1, Maria do Rosário relatou que a presidente Dilma Rousseff determinou ainda na manhã deste domingo que fosse mobilizada uma força-tarefa, composta por servidores federais e autoridades estaduais, para prestar apoio às vítimas e aos familiares.
No primeiro momento, enfatizou a titular dos Direitos Humanos, a prioridade das autoridades públicas é o atendimento às vítimas e a identificação dos mortos. Em uma segunda etapa, serão investigadas as causas do incêndio e as responsabilidades pelo incidente. A apuração criminal ficará sob a responsabilidade da polícia gaúcha.
Dilma também determinou, disse Maria do Rosário, que os servidores da Universidade Federal de Santa Maria se envolvessem na operação.
Conforme a ministra, assistentes sociais e psicólogos foram destacados para acompanhar os familiares no momento da identificação dos mortos. Algumas vítimas fatais foram identificadas com o auxílio dos documentos que elas portavam junto ao corpo na hora da tragédia.
A polícia e o Corpo de Bombeiros ainda trabalham no local em busca de mais informações sobre as circunstâncias da tragédia e para retirar corpos da área.
O número de pessoas que estavam na boate no momento do incêndio ainda não foi confirmado pelas autoridades. A festa reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e dois cursos técnicos.
Segundo informações preliminares, o fogo teria começado por volta das 2h30, depois que o vocalista da banda que se apresentava fez uma espécie de show pirotécnico, usando um sinalizador. As faíscas teriam atingido a espuma que faz o isolamento acústico no teto do estabelecimento e as chamas se espalharam.
O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Segundo o Corpo de Bombeiros, a boate estava com o alvará vencido.
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