São destinados R$ 2,869 milhões para a construção de cisternas no estado.
Cisterna pode abastecer, por oito meses, uma família de cinco pessoas.
Há vários meses o açude Zeca Torres secou. Para conseguir água em Barreira, a 74 quilômetros de Fortaleza, só esperando o carro pipa ou comprando de quem tem poço em casa. No distrito de Arisco, os tambores vão e vêm em cima das carroças. Os agricultores José Pereira e Maria Gomes não precisam ter todo esse trabalho. A cisterna armazenou água da chuva do começo do ano para o período de estiagem.
O governo do Ceará em parceria com o governo federal destinou R$ 2,869 milhões para a construção de cisternas no estado. Técnicos da Organização Barreira Amigos Solidários, criada há 11 anos, selecionam as famílias beneficiadas.
"Primeiro a gente identifica a comunidade dentro do município, uma comunidade que tem dificuldade ao acesso à água para o consumo humano. Feito esse procedimento, selecionaremos as famílias. O critério de prioridade são famílias chefiadas por mulheres e que tenham o maior número de idosos ou deficientes”, diz Alailson Saldanha, coordenador do programa de cisternas.
A inauguração da cisterna é comemorada pelas famílias. A dona de casa Terezinha Rodrigues ganhou uma placa; um cheque de R$ 200, para pagar o pedreiro da obra; e mais autonomia para administrar o consumo de água.
Antes de iniciar a construção de uma cisterna a família mobiliza os parentes e amigos para participar. Quem já tem cisterna em casa também faz questão de ajudar o vizinho. Nesse ritmo de trabalho em equipe, 96% das famílias da comunidade de Barreira já foram beneficiadas nos últimos dois anos. Uma cisterna cheia pode abastecer, por oito meses, uma família de cinco pessoas.
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