Justiça do RJ suspende processo contra Thor por homicídio culposo
Defesa alega que não teve acesso a documentos apresentados por perito.
Segundo TJ, processo está suspenso até o julgamento do habeas corpus.
Ainda de acordo com a defesa, todos e os mais confiáveis critérios foram usados para identificar a que velocidade Thor estava quando atropelou o ciclista. "As circunstâncias do caso mostram que ele não tinha nenhuma culpa”, afirmou Bastos.
Na decisão, o desembargador Antônio Carlos dos Santos Bitencourt afirma que se baseou no princípio da paridade de armas, onde são concedidas oportunidades iguais às partes. "Nessa paridade, o direito à prova e contraprova, que, em princípio, e por mero juízo delibatório, suspeite-se violado, razão porque defiro a liminar de suspensão do processo a que se refere a impetração, sendo partes o paciente e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, até o julgamento do mérito do habeas corpus ora impetrado", disse o desembargador.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o processo está suspenso até o julgamento do habeas corpus.
Thor permaneceu calado em audiência
Em dezembro de 2012, data da última audiência, a defesa de Thor já havia informado que pediria cancelamento da audiência realizada na 2ª Vara Criminal devido à "prova inesperada" anexada aos autos nesta tarde. Mais cedo, depois da juíza Daniela Barbosa de Souza Assumpção ouvir o perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) Helio Martins Junior, os advogados de defesa pediram duas horas para estudar essa chamada "prova inesperada", como eles classificaram o laudo que conclui que Thor dirigia a 135 km/h no momento do atropelamento.
Thor e sua mãe, Luma de Oliveira, na saída do Tribunal de Caxias, em dezembro (Foto: Isabela Marinho / G1)
"Foi um documento novo, o laudo pericial oficial, que o MP tinha acesso
há muito tempo, mas nao constava nos autos. Já tínhamos pedido cálculo
da velocidade. A defesa foi cerceada. Nunca vi um documento ser
apresentado no dia da audiência", disse Celso Vilardi, advogado de Thor
Batista.Orientado pela defesa, Thor permaneceu calado durante toda a audiência. "Ele [Thor] ficou em silêncio porque não concordávamos com este documento anexado somente hoje [no dia 13 de dezembro, data da audiência]", explicou Vilardi.
No dia 12 de setembro, data da primeira audiência do caso, testemunhas de acusação e defesa deram depoimentos contraditórios em relação à velocidade em que o estudante Thor dirigia no momento do acidente.
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