Se todos - 587 - tiverem vendido 10 dias, média é de R$ 6 mil por ano.
Categoria também tem recesso entre 16 de dezembro e 14 de janeiro.
Segundo o presidente do sindicato da categoria, Adriano Campos, a compra de parte das férias é necessária por haver acúmulo de trabalho no tribunal, por falta de pessoal. Ele afirma que a diminuição ou mesmo cancelamento do recesso não é possível, já que a medida é regulamentada. “O recesso é legal. Então o tribunal, mesmo se não quisesse, seria obrigado por lei a ter o recesso”, diz.
Para o especialista em finanças públicas Raul Veloso, as folgas remuneradas são injustificáveis. “É uma forma de pagar mais e atrair o servidor sem que haja uma discussão ampla disso, sem que a sociedade, que é, em última instância quem paga a conta, aprove ou saiba disso.”
A servidora Eliane da Silva não concorda. Ela está de férias, mas vai voltar antes por ter vendido dez dias, como faz todos os anos. “Aproveito esse dinheiro para pagar algumas dívidas, ajudar a pagar, né, porque não dá para pagar tudo. E também [para comprar] material escolar e ajudar nas diversões das férias”, afirma.
No mesmo período, a Câmara Legislativa gastou R$ 17 milhões com a compra de dez dias de férias de servidores. São 1654, entre efetivos, comissionados e requisitados – uma média de R$ 2 mil por cada.
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