Escola será a terceira a desfilar no domingo de carnaval (10).
Campeã de 2012 vai mostrar influência alemã nas artes e na tecnologia.
(O G1 publica desde segunda-feira, 14, uma série de reportagens sobre os enredos das escolas de samba do Grupo Especial do Rio)
O desfile começa com Thor, filho de Odin, rei de Asgar – personagens da mitologia nórdica – sendo enviado à Terra para apresentar a cultura alemã. Em sua comitiva traz seres fantásticos que vão contar a história desse povo.
A atriz Juliana Alves estreia como rainha de bateria da escola, que tem como primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira os experientes Marquinhos e Giovanna. A Tijuca tem sua força na comunidade, já que apenas três alas da escola são comerciais, e na criatividade do carnavalesco Paulo Barros.
A comissão de frente, sempre surpreendente, é um segredo que nem os deuses nórdicos são capazes de revelar, como frisa a assistente do carnavalesco, a figurinista Annik Salmon.
“Vamos falar da influência da Alemanha através de suas personagens, de forma lúdica, como um conto de fadas. Uma visão de conto de fada”, disse Annik.
O segundo setor é focado na mitologia. Surgem os vikings, fadas, duendes, lobos, dragões e uma série de personagens que costumam povoar os contos de fadas. Anões, elfos, gigantes demais habitantes das florestas sombrias vão tomar conta da avenida. Eles brincam com a imaginação humana e alimentam histórias extraordinárias que mesclam homens e divindades.
Playmobil, Rapunzel e ópera
A terceira parte do desfile é dedicada às artes e à cultura. Neste setor surgem referências ao filme alemão “Anjo azul”, ao teatro de Goethe, à música, à ópera “O holandês voador”, de Wagner, entre outras. Logo em seguida, entra-se no universo infantil, com brinquedos inventados pelos alemães, como a boneca de corda e o Playmobil. Também ganham vida as personagens dos contos dos Irmãos Grimm, assim como Rapunzel e Branca de Neve.
No quinto setor, entram as invenções alemãs, como o raio-X, o Zeppelin e o foguete de guerra, precursor do foguete espacial, que levou o homem à Lua. Também será mostrada a primeira forma de impressão de manuscritos. O desfile termina com uma homenagem ao ano da Alemanha no Brasil, onde estão presentes a culinária, a cerveja e o legado dos imigrantes alemãs.
Segundo Ricardo Fernandes, este ano, o pavão, símbolo da escola, estará presente na avenida somente nos pavilhões dos três casais de mestre-sala e porta-bandeira e no coração do componente da Unidos da Tijuca.
“Optamos por desfilar com seis alegorias, mas todos os carros são grandiosos. Teremos muitos efeitos e surpresa. Como campeã, temos uma responsabilidade muito grande de honrar o dinheiro público que recebemos e promover um grandioso espetáculo. E vai ser surpreendente”, garantiu o diretor de carnaval.
Fundada em 1931, a Unidos da Tijuca é uma das mais antigas do Brasil, e surgiu da união de dois blocos das redondezas do Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Foi campeã em 1936 e depois amargou muitos anos de dificuldades, caindo para o Grupo de Acesso. Em 2004, com o carnavalesco Paulo Barros, chamou a atenção do público com o inventivo carro do DNA. De lá para cá, a escola conquistou dois títulos e três vice-campeonatos. É atual campeã do Grupo Especial.
Carros são finalizados finalizados no barracão da Unidos da Tijuca (Foto: Rodrigo Gorosito/ G1)
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