Vendedores de coquetéis preparam até 200 drinks por dia em praia de SC

Roberto Carlos e a Patrícia trabalham há 12 anos na Praia dos Ingleses.
Vendedor nasceu no mesmo dia que o cantor, por isso recebeu o nome.

Géssica Valentini Do G1 SC

Casal vende coquetéis na Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha de Santa Catarina (Foto: Géssica Valentini/G1)

A 'alegria' na Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha de Santa Catarina, custa R$ 10 e R$ 15 reais. Estes são os preços dos coquetéis de 500 ml e 700 ml vendidos pelo casal Roberto Carlos e Patrícia, que há 12 anos conduzem o carrinho 'Só Alegria' e preparam caipiras e drinks a turistas e frequentadores da praia. Roberto Carlos nasceu no dia 19 de abril, dia do aniversário do cantor com o mesmo nome, e a mãe, fã do rei, não teve dúvidas para nomeá-lo. Desde então, o nome é composto e a resposta é uma história quando perguntam a origem.
Os dois chegam a preparar 200 drinks em um único dia. Tanto trabalho faz com que atendam celebridades e sequer percebam. Foi o que aconteceu com Roberto Carlos, que ainda não se conforma por ter atendido a atriz Juliana Paes e não ter reconhecido. "Servi um coco pra ela e ela saiu. Foi um amigo que me chamou a atenção. Chegou e perguntou 'Cara, você viu quem você acabou de atender?. Era a Juliana Paes'", relembra ele.
Os dois começaram a trabalhar em quiosques na praia em uma época que estavam desempregados. Depois de quatro anos como funcionários, decidiram montar o próprio negócio, há oito anos. A filha do casal, Yasmin, tem a idade do carrinho, e cresceu esperando as temporadas e as férias escolares para ir à praia com os pais. Enquanto os dois trabalham, ela fica ao lado, brincando na areia e na água. "Alguns turistas viram ela crescer. Eles vinham buscar ela, levavam pro hotel, davam banho, depois ela voltava para a praia. Alguns trazem fotos dela no ano seguinte. Viraram amigos", comenta Patrícia.
O segredo do coquetel, segundo eles, é simples. "Uma pitada de amor, amizade, alegria e creme de leite", explica Roberto Carlos. Já o segredo deles é outro. "Uma cervejinha depois do trabalho, à noite, pra relaxar", respondem, e ambos concordam que, apesar de não ser a atividade que os sustenta, é a que mais gostam de fazer. "No restante do ano, eu trabalho fazendo coquetéis em rodeios e ela em uma loja, mas essa é a atividade mais prazerosa que a gente tem", comenta.