MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vinícolas gaúchas apostam em novas áreas para o cultivo de uva


Dezesseis vinícolas se instalaram na região de Campanha, no RS.
No ano passado foram processadas 697 mil toneladas de uva no estado.

Do Globo Rural
Os parreirais com variedades destinadas à fabricação de vinho estão conquistando novas áreas no Rio Grande do Sul. O Pampa Gaúcho, conhecido pela excelência da carne que produz, está ficando famoso também pela qualidade na produção de uva e elaboração de vinhos finos. A região no Rio Grande do Sul, vizinha ao Uruguai e à Argentina, está na mesma faixa dos países com grande tradição vinícola da Europa. Dezesseis vinícolas se instalaram na região de Campanha. Quatro estão em Santa do Livramento.
Nos parreirais mais recentes no município, plantados há dois anos, está prevista uma produção de cerca de 250 toneladas da fruta na primeira colheita. A disponibilidade de áreas para plantar e a facilidade de mecanização nos parreirais foram alguns dos motivos que atraíram a empresa de Bento Gonçalves para a fronteira. A previsão é de que sejam cultivados mais de 400 hectares, além dos 100 que já estão produzindo. Também está prevista a construção de uma vinícola neste ano e o começo da elaboração de vinho para 2014.
“A gente já compra uva nessa região e leva para nossa área em Bento Gonçalves. Hoje, estamos colocando uma vinícola na região porque o transporte está pesando no custo. Esse é um dos motivos. E expandindo nossos vinhedos nessa região”, diz Lucindo Copat, diretor técnico da vinícola.
A vinícola, que está na região desde 1975, é a maior instalada em Santana do Livramento. O parreiral ocupa uma área de 600 hectares. Mesmo com o excesso de chuva nos meses de outubro e novembro do ano passado, período de maturação da fruta, a aposta é de que a colheita seja maior em relação à safra passada, de cerca de seis milhões de quilos de uva e em torno de 4,5 milhões de garrafas de vinho.
“A chuva não agravou a parte de produção, de quantidade. A gente está prevendo seis milhões de quilos em 600 hectares. Mas pode ser que a qualidade fique um pouco prejudicada. Se continuar as chuvas com uma intensidade muito forte, ou seja, um volume muito grande em um curto espaço de tempo, pode agravar a qualidade das nossas uvas, diz o agrônomo Fabrício Domingues.
Em Brasília, o Ministério da Agricultura divulgou o preço mínimo da uva pra esta safra. O valor para a safra 2012/2013 é de R$ 0,57 o quilo, o mesmo preço da safra anterior. O valor foi estabelecido para a uva isabel, uma variedade industrial utilizada para a fabricação de sucos e vinhos.
O Ministério da Agricultura levou em conta que a oferta de uva é maior do que a procura no mercado e os estoques de vinho estão altos. O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Oliver Schiavenin, disse que esperava que o preço mínimo subisse para R$ 0,64 o quilo, levando-se em conta os custos de produção. O coordenador comentou também que como o valor se manteve em R$ 0,57 o quilo o setor pedirá ao governo que a indústria cumpra os prazos de pagamento e compre toda a produção de uva.
De acordo com o Ministério da Agricultura, no ano passado foram processadas 697 mil toneladas de uva no Rio Grande do Sul.

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