MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Caminhada em homenagem às vítimas reúne centenas em Santa Maria


Manifestantes cobraram punição dos responsáveis e levaram fotos dos mortos no incêndio

Um mês depois da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, que deixou 239 mortos, esta quarta-feira foi um dia de homenagens e pedidos de justiça no Centro do Estado. No início desta noite, centenas de pessoas se reuniram na Praça Saldanha Marinho, região central da cidade, para fazer uma caminhada em solidariedade às famílias das vítimas do incêndio.



O objetivo da manifestação era pedir a punição dos responsáveis pela tragédia na boate. A caminhada foi até a Igreja Nossa Senhora de Fátima, na avenida Presidente Vargas, onde uma missa estava marcada para começar às 20h. Ao mesmo tempo, outra missa foi celebrada na basílica da Medianeira.

Os manifestantes carregaram faixas e cartazes pedindo justiça. Fotos de vítimas também foram levadas para o ato. A caminhada teve a participação de três integrantes da “Familias por La Vida”, da Argentina, que reúne sobreviventes e pais dos 194 jovens mortos em 2004 no incêndio em uma boate de Buenos Aires. Nilda Gomes, Lila Tello e Silvina Gomes permanecem em Santa Maria até esta quinta-feira e conversaram com representantes da Associação de Familiares e Vítimas da Tragédia de Santa Maria.

Sem fins lucrativos, a organização foi oficializada no sábado. O objetivo do grupo, além de fornecer suporte emocional aos envolvidos, é cobrar resultados das investigações sobre o incêndio e os direitos dos parentes na Justiça.

A tragédia

O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A tragédia deixou 239 pessoas mortas.

Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início.
Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram.

Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.

Com informações do repórter Renato Oliveira



Fonte: Correio do Povo


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