MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Jovens espalham 239 corações em Santa Maria em memória de vítimas


Mobilização no município começou por meio das das redes sociais.
Tragédia que deixou 239 mortos completou um mês nesta quarta-feira (27).

Do G1 RS

Faixa colocada em frente à boate reúne fotos das vítimas em um coração (Foto: Felipe Truda/G1)Faixa colocada em frente à boate reúne fotos das vítimas em um coração (Foto: Felipe Truda/G1)
Por meio de conversas nas redes sociais, jovens de Santa Maria espalharam corações vermelhos pela cidade da Região Central do Rio Grande do Sul em memória das vítimas do incêndio na boate Kiss, em 27 de janeiro, que deixou 239 mortos. Nesta quarta-feira (27) a tragédia completou um mês. Homenagens são realizadas desde as primeiras horas da manhã e se estendem até a noite no município.
"Lembrando sempre dos nossos amigos, homenageando eles, mas de uma maneira de demonstrar que a vida segue e que temos que levantar a cabeça e seguir em frente", disse o estudante José Carlos Duarte.
Em frente à boate, onde foi montado um memorial com cartazes, flores e outras homenagens, uma nova faixa foi colocada. Nela está estampada a mensagem "239 corações que nunca vão deixar de bater em nossas memórias e em toda nossa cidade. Amamos vocês, onde quer que estejam!", ao lado de um coração preenchido por fotos das vítimas. Em cartazes localizados abaixo da faixa, foram colados alguns dos corações usados na iniciativa.
"Dizem que só o tempo faz esquecer, mas é mentira. A gente não esquece nunca", lamentou Hilton Flores, tio de uma das vítimas. "Eu acordo, deito, e digo 'meu deus, não é verdade que eu não vou mais ver o meu filho, que eu não vou mais ver meu amor. Ele era tudo para nós", disse emocionada a mãe de outra vítima, Maria Aparecida Neves.
Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 239 mortos na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
- Equipamentos de gravação estavam no conserto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário