MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 16 de março de 2013

Alunos da UFMT cobram reajuste de benefícios e continuam acampados


Estudantes ocupam prédio da reitoria da universidade há nove dias.
Eles cobram aumento do valor do auxílio moradia e da bolsa permanência.

Pollyana Araújo Do G1 MT

Manifestantes entraram em confronto com a PM na quarta-feira (Foto: Reprodução/TVCA)Manifestantes entraram em confronto com a PM na
semana passada (Foto: Reprodução/TVCA)
Após mais de seis horas de reunião, estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a reitoria da instituição não chegaram a um acordo sobre as reivindicações dos universitários, na noite desta sexta-feira (15). Desse modo, os universitários do campus de Cuiabá continuaram acampados no prédio da reitoria aguardando nova reunião, prevista para segunda-feira (18). Na semana passada, eles foram às ruas de Cuiabá protestar contra o fechamento de cinco casas estudantis e, durante confronto com a Polícia Militar, seis alunos ficaram feridos.
A coordenadora do Diretório Central dos Estudantes, Raysa Moraes, disse que, na reunião, alguns itens da pauta não foram discutidos. "Conseguimos algum avanço, mas ainda não está da maneira que queremos. A negociação ainda não acabou. Alguns itens não foram discutidos", disse, ao citar, como exemplo, o pedido de reajuste do valor o auxílio moradia, hoje fixado em R$ 300, concedido a estudantes que não têm condições financeiras de arcar com despesas de moradia. A previsão é que o benefício suba para R$ 360 a partir do próximo mês.
"Queremos que o valor (do auxílio moradia) seja condizente com o valor do aluguel na região do bairro Boa Esperança, perto da universidade", afirmou Raysa, argumentando que o custo com auguel nas proximidades do campus é alto. Além disso, os studantes cobram o aumento de outro benefício. Trata-se da bolsa permanência, paga aos acadêmicos que exercem alguma atividade na instituição.
Atualmente, o valor da bolsa é de R$ 400, com uma carga horária de trabalho de até 20h semanais. A reivindicação é para que o valor seja reajustado para um salário mínimo. Entre as reivindicações que a reitoria da UFMT não se dispôs a atender está a abertura do Restaurante Universitário aos finais de semana. Sobre a alimentação fornecida pelo campus, a Universidade informou ter se comprometido a manter os valores da refeição, que é de R$ 1, e a abrir uma terceira ilha do restaurante.
No entanto, a principal reivindicação deles é a manutenção do número de vagas de moradias para os alunos considerados carentes. Hoje, a UFMT possui espaço para acomodar 100 alunos considerados carentes e a intenção é ampliar o número de vagas. Porém, segundo a reitora Maria Lúcia Cavalli, os projetos só poderão ser encaminhados ao Ministério da Educação no segundo semestre deste ano.
Durante o período que os alunos ocupam a reitoria, as atividades no setor estão suspensas durante esse período. Eles acamparam no local um dia após confronto com policiais militares que deixou seis estudantes feridos, na quarta-feira (8) da semana passada.
A UFMT alegou que já tomou providências em relação a maior parte das exigências dos alunos e disse que há vagas suficientes para atender os alunos na casa do estudante que fica no interior do campus, após o fechamento de cinco casas estudantis, mas que os estudantes se posicionaram contra a mudança. "A UFMT não está reduzindo o número de vagas. Tem vagas suficientes. Não julgamos ético alugar casas sendo que temos vagas sobrando", afirmou, logo após um protesto onde seis estudantes ficaram feridos durante confronto com a Polícia Militar.

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