MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 11 de março de 2013

Alunos protestam contra suspensão de aulas em Cruzeiro do Sul


Falta de professores ocasionou suspensão do ano letivo.
Secretaria de Educação diz que está fazendo novas convocações.

Genival Moura Do G1 AC

Estudantes querem voltar a estudar (Foto: Genival Moura/G1)Estudantes querem voltar a
estudar (Foto: Genival Moura/G1)
Sob protestos de um grupo de alunos, o secretário de educação do Acre, Daniel Zen, reuniu-se com diretores de escolas e sindicalistas no município de Cruzeiro do Sul (AC), para tratar sobre o retorno das aulas suspensas na semana passada por falta de professores. As explicações do gestor não convenceram a categoria que decidiu manter a paralisação.
Daniel Zen explicou que o principal problema para completar o quadro de professores é o alto índice de desistência dos candidatos aprovados no concurso temporário. Segundo ele, muitos optaram por outras oportunidades. “Tivemos a coincidência de outros concursos nos municípios, o que pode explicar o alto índice de desistência. Mas, estamos realizando novas convocações e acredito que esta semana o quadro já estará estabilizado”, garante.
No encontro foi anunciada a realização de um concurso público efetivo ainda este ano, com a abertura de vagas para professores e pessoal de apoio da área administrativa. A previsão é que os aprovados só sejam lotados em 2014. “Mesmo assim, a gente vai continuar com os provisórios. No ano passado entraram de licença prêmio mais de 800 servidores, sem contar as centenas de licença maternidade. Este ano, cerca de 300 profissionais do quadro também devem se aposentar”, explicou.
A reunião contou ainda com a presença dos líderes da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES). Mais cedo, um grupo de estudantes liderados pela entidade realizou um protesto em frente ao Núcleo de Educação do Estado onde acontecida a reunião. Os manifestantes exibiram cartazes e bradavam “queremos estudar”.
“A partir de agora, nós vamos reivindicar nossos direitos. Para algumas escolas foram três meses de recesso e só agora, no início do ano letivo é que eles estão fazendo reforma no prédio e contratando professores. Estão matando o futuro do Brasil. Você entra numa sala de aula e não encontra sequer ventiladores, além disso, muitos professores são desqualificados”, protesta Tiago Silva, vice-presidente da Umes.
As explicações do governo também não convenceram os diretores de escolas e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac). Segundo o sindicalista Valdenísio Martins, as aulas continuam suspensas. “Agradeço até o secretário pela disponibilidade do diálogo, mas foi muita conversa e pouca solução. Amanhã estaremos outra vez reunidos com os gestores para avaliar o quadro em cada escola e se já tem condições de retornar com ano letivo”, conclui.

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