MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 2 de março de 2013

Após PIB baixo, Dilma critica 'mercadores do pessimismo'


Presidente afirmou que indústria dá 'claros sinais claros de retomada'.
Dilma Rousseff discursou durante convenção do PMDB neste sábado (2).

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília

Um dia após a divulgação do crescimento de 0,9% da economia brasileira no ano passado, a presidente Dilma Rousseff criticou neste sábado (2) os “mercadores do pessimismo”, que, segundo ela, questionam as medidas do seu governo. Dilma discursou durante a convenção do PMDB em Brasília.
“Os índices de desemprego estão baixos. A inflação, sob controle. Agora, neste início de 2013, a indústria começa a dar claros sinais de retomada. [...] Ninguém pode dizer que o Brasil não tem suas finanças sob controle. Mais uma vez, os mercadores do pessimismo vão perder. Como perderam quando previam o racionamento de energia [no começo deste ano]”, afirmou. “Mais uma vez, os que apostam todas as fichas no fracasso do país vão se equivocar.”
~A presidente Dilma Rousseff discursa durante a Convenção Nacional do PMDB, realizada neste sábado em Brasília (DF) (Foto: Beto Barata/Estadão Conteúdo)A presidente Dilma Rousseff discursa durante a Convenção Nacional do PMDB, realizada neste sábado em Brasília (DF) (Foto: Beto Barata/Estadão Conteúdo)
A economia brasileira fechou 2012 com um crescimento de 0,9%, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º). O resultado – que ficou muito longe dos 4% esperados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no final de 2011, apesar das várias medidas de estímulo anunciadas ao longo do ano – foi o pior desde 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) havia registrado recuo de 0,3%.
Durante o discurso em que também endossou parceria entre PT e PMDB, Dilma citou números positivos da economia brasileira e ações de seu governo como a redução da tarifa de energia elétrica, redução de juros e mudanças na remuneração da poupança.
“Muito me orgulha, promovemos a maior redução de tarifas de energia, a maior redução de que se tem notícia na nossa história”, afirmou.
Ainda no discurso, Dilma voltou a criticar os adversários políticos, sem citar nomes. “Fizemos muito, o que era difícil, o que parecia impossível. Fizemos o que nossos adversários políticos, quando puderam, não souberam ou não quiseram fazer”, completou.
Dilma destacou que, logo no começo de seu governo, atuou para a continuidade da política de valorização do salário mínimo, iniciada segundo ela pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e estabeleceu metas de reajuste até 2015. “Eu tenho certeza que todos vocês sabem de uma coisa: torcer contra é o único recurso daqueles que não sabem agir a favor do Brasil.”
Ela disse que tem como “obsessão” que o Brasil mantenha seu caminho rumo ao desenvolvimento. "O povo percebe que sabemos o que tem que ser feito e estamos fazendo. Percebe que estamos preparados para enfrentar qualquer dificuldade.”
Crise
Em sua fala, a presidente citou ainda a crise econômica internacional, mas disse que o Brasil, apesar de sofrer seus efeitos, conseguiu manter o crescimento.
“Seria impossível escapar de uma crise dessa dimensão, mas mantivemos o país gerando emprego, distribuindo renda e melhorando a vida dos brasileiros”, afirmou. “Não faz tempo que crises menores do que essa quebravam o país, levavam o país a bater na porta do Fundo Monetário Internacional pedindo, de joelhos, recursos e dólares.”
Dilma destacou que as medidas por ela tomadas são possíveis graças ao trabalho iniciado pelo ex-presidente Lula. “Nesses dez anos, estamos construindo um novo Brasil, sob a batuta de um grande maestro, Luiz Inácio Lula da Silva”, finalizou.
Ela citou ainda as medidas na área social que devem levar ao fim da pobreza extrema entre as famílias cadastradas pelo governo. “Porque nós não abandonamos nosso povo, a pobreza está nos abandonando.”
Abaixo do esperado
Nesta sexta, Mantega admitiu que o crescimento foi abaixo da expectativa, mas acrescentou que isso se deve aos efeitos da crise financeira internacional.
"Em momentos de crise, você tem um desempenho fraco. É inevitavel que a economia desacelere. A maioria dos países teve crescimento fraco ou desaceleração do crescimento [no ano passado]", declarou Mantega a jornalistas.
No fim de 2011, ele estimava uma expansão superior a 4% para o PIB do último ano e chegou a dizer, em meados do ano passado, que uma expansão de 1,5% para 2012 (prevista pelo Credit Suisse naquele momento) seria uma "piada"

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