MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 8 de março de 2013

Beechcraft vai contestar vitória da Embraer em licitação nos EUA


Embraer ganhou licitação para vender aviões à Força Aérea dos EUA.
Concorrente diz que aviões brasileiros têm 'menos capacidades'.

Da Reuters
A empresa norte-americana Beechcraft informou nesta sexta-feira (8) que vai protestar formalmente contra a decisão da Força Aérea dos Estados Unidos de conceder um contrato à Embraer para o fornecimento de aviões de ataque leve para uso no Afeganistão.
A fabricante brasileira ganhou, em 27 de fevereiro, a licitação para fornecer 20 aviões de ataque A-29 Super Tucano para missões contra-insurgência no Afeganistão.
A Beechcraft, anteriormente conhecida como Hawker Beechcraft, saiu de um processo de concordata no mês passado. A fabricante de aeronaves disse em comunicado que estima que a decisão da Força Aérea afetará cerca de 1.400 postos de trabalho no Kansas e outros estados norte-americanos.
Super Tucano A-29, da Embraer. (Foto: Divulgação/Embraer)Super Tucano A-29, da Embraer. (Foto: Divulgação/Embraer)
Representantes da Embraer e da parceira Sierra Nevada não puderam ser imediatamente contatados para comentar o assunto.
Em comunicado, o presidente-executivo da Beechcraft, Bill Boisture, afirmou que sua empresa está "muito perplexa" com a decisão da Força Aérea e que vai encaminhar protesto junto ao U.S. Government Accountability Office, órgão do governo federal que verifica se licitações públicas tiveram irregularidades. Segundo a empresa, há dúvidas sobre eventuais erros cometidos no processo de seleção.
"Simplesmente não entendemos como a Força Aérea pode justificar um gasto adicional de mais de US$ 125 milhões pelo o que consideramos ser uma aeronave com menos capacidades", disse Boisture.
Na sexta-feira, a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores da Aeroespaciais, que representa mais de 3 mil funcionários ativos e inativos da Beechcraft, pediu para a Força Aérea rever a entrega do contrato à Embraer.
Contrato cancelado
Há cerca de um ano, a Embraer havia sido selecionada como fornecedora de aviões de ataque leve, mas o contrato foi "posto de lado", devido a supostos problemas com documentos. A vitória da Embraer no contrato, de US$ 355 milhões, foi contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft.
Em 30 de dezembro de 2011, a Força Aérea dos Estados Unidos definiu que a Embraer, junto com sua parceira norte-americana Sierra Nevada Corp, tinha obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano, assim como fornecimento de treinamento e suporte.
Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão.
No ocasião, a Força Aérea disse que acreditava que a competição e a avaliação para seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes. O Super Tucano foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e está em uso em seis nações, incluindo a Colômbia, o Equador e Burkina Fasso, na África.

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