Falta ainda o laudo de análise da espuma de revestimento que, ao queimar, gerou a fumaça tóxica
Elder Ogliari
Os delegados que investigam a tragédia de Santa Maria
(RS) receberam nesta sexta-feira o último lote de laudos de necropsia
das vítimas do incêndio da boate Kiss e viram confirmada a tese de que
os 234 óbitos ocorridos no dia 27 de janeiro tiveram como causa a
inalação de cianeto e monóxido de carbono. Outras sete pessoas que
estavam na casa noturna morreram posteriormente, em hospitais, elevando o
número de óbitos para 241. Dos 145 feridos que necessitaram de
internação, 126 tiveram alta e 12 continuam em tratamento em hospitais
de Santa Maria e Porto Alegre.
Evelson de Freitas/AE
Total de 241 pessoas morreram na tragédia em Santa Maria
A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. Durante um show pirotécnico da banda Gurizada Fandangueira a fagulha de um artefato chegou ao teto da boate e começou a queimar a espuma do revestimento acústico. O fogo espalhou-se pela casa, que não tinha sinalização e vias de saída adequadas para a situação. Dois proprietários da Kiss, Spohr e Mauro Hoffmann, e dois integrantes do conjunto musical, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, estão presos preventivamente.
A investigação policial está verificando se os quatro têm responsabilidade direta pelo desastre e também deve identificar eventual culpa de outros integrantes da banda, sócios formais da casa e agentes públicos, estes por falhas na emissão de alvarás e na fiscalização.
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