MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 3 de março de 2013

Com déficit de pessoal, Saúde 'cede' servidores em SP

Agência Estado

Com um déficit de milhares de funcionários, o setor da saúde é também o mais desfalcado por empréstimos de funcionários em São Paulo. De 855 servidores cedidos na administração municipal, 319 são médicos, enfermeiros e outros funcionários da pasta que deixam de atender a população.
Muitos deles trabalham oficialmente em gabinetes de vereadores e deputados, prestando consultoria ou acompanhando queixas da população. Mas a reportagem procurou durante uma semana alguns desses profissionais nos gabinetes e não conseguiu encontrá-los durante o expediente.
Enquanto isso, a UTI Pediátrica do Hospital do Campo Limpo, na zona sul, está sem médicos há dois anos. Dos 1.656 leitos da administração direta da Prefeitura, 233 estão inativos. E a maioria deles por falta de médicos, enfermeiros e auxiliares. Na rede municipal, o déficit é de 2,6 mil médicos. Só 1,8 mil dos 4,4 mil cargos estão preenchidos.
Os dados de funcionários emprestados, atualizados no fim de dezembro, foram divulgados pela Secretaria Municipal de Relações Governamentais. O Ministério Público Estadual deve abrir procedimento para apurar se há irregularidades nos empréstimos de funcionários da saúde. "O número bruto fala muito. É uma questão grave e vou pedir esclarecimentos", disse o promotor de Justiça Arthur Pinto Filho, que atua na área da saúde.
As transferências podem ser anuais ou por um período menor, que vai sendo renovado. No dia 15, por exemplo, a Prefeitura autorizou 14 funcionários da saúde a trabalharem na Câmara por um ano. Entre eles estão pediatras, ginecologistas, dentistas, enfermeiros e sanitaristas. Alguns trabalham atendendo funcionários da casa, outros estão lotados em gabinetes.
Outro lado
A Prefeitura de São Paulo afirmou que só libera funcionários quando não há prejuízo para os serviços públicos. De acordo com a administração, os funcionários da Secretaria de Saúde cedidos perdem direito à Gratificação da Saúde e ao Prêmio de Produtividade de Desempenho. Isso representa uma diminuição nos salários de R$ 2,5 mil para os médicos e de mais R$ 1,4 mil para os demais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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