MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 11 de março de 2013

Contas do Vaticano movimentam último debate de cardeais


Maioria decidiu finalizar discussão antes que muitos eleitores pudessem fazer perguntas. Nesta segunda, funcionários prestam juramento de silêncio

Chaminé é instalada no telhado da Capela Sistina, no Vaticano. Quando o novo papa for escolhido, o sistema liberará uma fumaça branca
Chaminé é instalada no telhado da Capela Sistina, no Vaticano. Quando o novo papa for escolhido, o sistema liberará uma fumaça branca - EFE/EPA/CLAUDIO PERI
Mais de 150 cardeais se reuniram nesta segunda-feira no Vaticano para a última assembleia antes de se isolarem do resto do mundo para escolher o sucessor de Bento XVI. Em meio às discussões sobre se a Igreja precisa de um gerente para "limpar" o Vaticano ou um pastor para inspirar os fiéis num momento de crise, eles abordaram, ainda, os problemas financeiros do Banco do Vaticano, informou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Em relação ao tema, o cardeal italiano Tarcisio Bertone, secretário de Estado e presidente da Comissão de Vigilância do Instituto para as Obras Religiosas (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano, leu um relatório sobre as controversas contas da instituição, centro de tensões que resultaram no caso Vatileaks, o vazamento de cartas e documentos confidenciais de Bento XVI.
A questão é que, aparentemente, muitas perguntas ficaram no ar. Antes que as discussões chegassem ao fim - e sem que muitos dos participantes pudessem manifestar suas dúvidas e apreensões -  mais de 100 cardeais decidiram que não era mais necessário continuar debatendo no pré-conclave e votaram a favor do início da eleição do papa, que deve acontecer a partir de terça-feira na Capela Sistina.
Pouco antes de tornar efetiva a renúncia em 28 de fevereiro, Bento XVI aprovou a designação do alemão Ernst von Freyberg como novo presidente do banco do Vaticano, na última nomeação para um posto chave de seu pontificado. O IOR, com um patrimônio calculado de 5 bilhões de euros, se comprometeu a cumprir com as normas europeias de luta contra a lavagem de dinheiro, mas sem conseguir obter a aprovação da comissão europeia de supervisão.
"O caso (questões financeiras) não é critério principal para a escolha do papa. Desejavam mais informações, mas não era o tema mais urgente da troca entre os cardeais que se preparam ao conclave", afirmou Lombardi. Assim, o conclave terá início sem que os eleitores saibam, com clareza, o tamanho de um dos mais importantes desafios que aguardam o novo papa - o que, para os vaticanistas, pode comprometer o perfil que se desenha do sucessor de Bento XVI.
Silêncio - Ainda como preparação para a escolha do novo papa, cozinheiros, faxineiros, floristas, médicos e todas as pessoas que participarão do conclave — com exceção dos cardeais — terão que fazer um juramento nesta segunda-feira para se comprometer a guardar sigilo sobre o que ocorre na assembleia.
O juramento será efetuado na Capela Paulina, da qual sairão amanhã os 115 cardeais que elegerão o sucessor de Bento XVI na Capela Sistina.
"Todos aqueles que participam do conclave, aprovados pelo cardeal camerlengo e os três cardeais presentes, terão que prestar o juramento previsto na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis (sobre a Sé Vacante e a eleição do pontífice romano)", assinalou o Escritório de Celebrações Litúrgicas do Vaticano.
(Com agências France-Presse e EFE)

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