MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Cortejo pelas ruas de Maceió celebra os 101 anos da Quebra do Xangô


Mais de cem pessoas participaram do cortejo.
Celebração vai até o fim da noite na Praça Sinimbu.

Fabiana De Mutiis Go G1 AL

praticantes do candonblé participam da comemoração da Quebra do Xangô (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Praticantes do candomblé participam da comemoração da Quebra do Xangô (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Mais de cem praticantes e simpatizantes do candomblé fizeram um cortejo nas ruas do centro de Maceió, na tarde desta quinta-feira (21), para celebrar os 101 anos da Quebra do Xangô. A data correta é 2 de fevereiro, mas este ano foi adiada por conta das prévias carnavalescas.
Em 1912, terreiros e casas de matriz africana da capital alagoana foram destruídos, deixando marcas profundas na cultura local. Após a destruição, grande parte dos pais e mães de santos foram para outros estados.
mãe Miriam (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Mãe Miriam diz que Quebra do Xangô é a celebração
da liberdade. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Alguns que resistiram continuaram realizando os rituais, mas de maneira que não chamasse a atenção do governo. Os cânticos e o soar dos tambores eram baixinhos e os ritos ficaram conhecidos como "Xangô Rezado Baixo".
Para a mãe de santo mais velha de Alagoas, a mãe Miriam, 70, esse é um dia de muita alegria. "Nós estamos aqui para celebrar a liberdade e hoje podemos rezar alto e a cultura afro tem o direito de comemorar essa festa", diz.
Depois do cortejo, todos se reuniram na Praça Sinimbu, no centro de Maceió. Homens, mulheres, crianças e famílias inteiras celebraram o Xangô Rezado Alto.
Gil da Funam na Quebra de Xangô (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Seguidores consideram o candomblé a única
religião a abraçar os homossexuais.
(Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Micaelle de Souza tem apenas 18 anos e já é mãe da Abilene de dois. Ela conta que nasceu no candomblé e agora leva a filhinha para participar dos rituais. "Minha mãe é do candomblé, meu tio é pai de santo e eu e minha filha só poderíamos ter essa religião", diz.
Já para o sacerdote Gil da Funam, o candomblé é a única religião que abraça os homossexuais.
"Enquanto as outras [religiões] tentam transformar um homossexual em hétero, como se isso fosse possível, no candomblé todo mundo é aceito como é, sem distinção e preconceito", desabafa o pai de santo.
Jovens no cortejo de Quebra de Xangô (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Jovens no cortejo de Quebra de Xangô (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Programação
A programação da festa vai até o fim da noite com apresentações artísticas na Praça Sinimbu, no centro de Maceió.
18h Coletivo AfroCaeté
19h Afoxé Odô Iyá e Grupo de Coco Bongar de Pernambuco
20h45 Acorte de Airá
21h30 Jorge Riba também de Permabuco

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