MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 20 de março de 2013

CRM-PB interdita Unidade de Saúde após registrar 14 irregularidades


"Pior sala de esterilização já fiscalizada", afirma diretor de Fiscalização.
Foram encontradas fezes de lagartixa na sala de esterilização.

Do G1 PB

Foram encontradas 14 irregularidades na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Leonor Viana, localizado na praia do Poço, no município de Cabedelo, na Grande João Pessoa, durante uma fiscalização de rotina do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), que resultou na interdição ética de procedimentos médicos da unidade. "Pior sala de esterilização já fiscalizada", afirma o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB, Eurípedes Mendonça. O G1 tentou entrar em contato com a Secretaria de Saúde de Cabedelo, mas as ligações não foram atendidas.
De acordo com Eurípedes Mendonça, a vistoria identificou 14 não conformidades na sala de esterilização. “Esta é, sem sombra de dúvidas, a pior e mais irregular sala de esterilização já fiscalizada pelo CRM. O local é  um verdadeiro atentado à saúde de quem utiliza-se de seus serviços. Havia fezes de lagartixa espalhadas pelo ambiente e trilhas de cupins. A sala abriga o material de limpeza. Em função desta situação, interditamos a médica da unidade de demandar qualquer procedimento que utilizem equipamentos ou insumos esterilizados no interior da unidade”, destacou Eurípedes Mendonça.
O conselheiro disse ainda que apesar da unidade funcionar em um prédio próprio, ela não foi construída adequadamente para um estabelecimento de saúde. “Verificamos que serviços essenciais como o de enfermagem, curativos e vacinação localizam-se no fundo da unidade, com acesso difícil, pois não há uma calçada e ainda exposto ao sol e à chuva”, ressaltou.
Segundo o diretor de Fiscalização, outro fato grave identificado na unidade foi em relação ao corpo profissional. “Apesar de não haver espaço, estrutura física e equipamentos adequados, estão inclusos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) profissionais de saúde lotados na unidade tais como um pediatra, um fonoaudiólogo, três fisioterapeutas, um nutricionista, dois psicólogos, três agentes de defesa ambiental e dois avaliadores físicos. Para que não sejam categorizados como servidores fantasmas, o gestor deve informar onde e o horário que eles trabalham na unidade”, frisou Eurípedes Mendonça.
A unidade ficará interditada até que sejam resolvidas essas pendências. O relatório da interdição será encaminhado ao Ministério Público da Paraíba, Secretaria de Saúde do município e Conselho Regional de Odontologia, já que o material utilizado pelo dentista é esterilizado na sala em que foram encontradas as irregularidades.

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