MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 12 de março de 2013

Escassez de servidores, obriga menor expediente em cartórios

Adalton dos Anjos A TARDE

  • Raul Spinassé | Ag. A TARDE
    Cartórios administrados pelo TJ-BA passaram a atender usuários somente até as 14h
Quem usa os cartórios administrados pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) percebeu mudanças no expediente neste locais. As atividades, que eram realizadas até as 17h, agora estão todas concentradas no período da manhã, das 8h às 14h, e quem pensa em realizar algum serviço nos cartórios tem que acordar cedo e enfrentar uma longa espera.
A Corregedoria de Justiça resolveu alterar, por meio de uma portaria (nº009/2012) publicada no Diário da Justiça Eletrônico, em 18 dezembro de 2012, os horários para atendimento ao público. No documento, a desembargadora Ivete Caldas expõe, como motivos para a mudança no expediente, a falta de servidores no quadro funcional para a atividade e a melhoria da eficiência do trabalho.
Segundo a assessoria do TJ-BA, muitos servidores migraram para os cartórios que já se encontravam em privatização plena e o fato causou um déficit no número de funcionários nos outros cartórios. Ainda de acordo com o órgão, os cartórios menos rentáveis não atraíram a atenção de delegatários e ficaram sob o comando do Tribunal.

Os cartórios plenamente privatizados, com seus respectivos delegatários, funcionam durante todo o dia até as 17h. As Comarcas do Interior de entrância inicial, ou seja, de pequeno porte, acompanharão o expediente forense, já as Comarcas de médio porte, de entrância intermediária, adotarão o horário de trabalho da Comarca de Salvador.
Inconstitucional - A Lei 12.352/11 aprovada pelos deputados baianos está sendo questionada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Em 11 de setembro de 2012, ele ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI - 4851 BA).
O principal impasse é o artigo 2º da lei, que dá plenos poderes aos servidores para migrarem para o cargo de delegatário sem a necessidade da realização de concurso público. Com a ação, o processo de repasse da administração dos cartórios para os delegatários foi suspenso.
Segundo informações do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), uma das partes acionadas pela ADI, que teve como relator o ministro Dias Toffoli, a defesa foi feita e ele aguarda a decisão do poder Judiciário.
"No Brasil, todos os cartórios são privados e só está faltando a Bahia. Antes, para você ir em um cartório na Bahia tinha que ficar 10 horas na fila para pegar uma senha", declara.
Não há informações sobre o prazo para a análise da defesa da Assembleia Lesgislativa pelo poder Judiciário.

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