MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 22 de março de 2013

EUA estão decepcionados com fim de contatos com a Venezuela

Agência EFE

Os Estados Unidos se mostraram "decepcionados" nesta quinta-feira pelas acusações que levaram à Venezuela a suspender os contatos diplomáticos para a normalização das relações, mas acreditam que ainda é possível melhorar os laços com o país sul-americano.
"Rejeitamos categoricamente as alegações de que o governo dos Estados Unidos está envolvido em um complô para desestabilizar ou causar danos a alguém na Venezuela", disse um porta-voz do Departamento de Estado, que pediu o anonimato, em um e-mail enviado à Agência Efe.
O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, anunciou na última quarta-feira a suspensão das conversas iniciadas no último mês de novembro com os Estados Unidos para a normalização das relações, congeladas desde 2010.
No entanto, os Estados Unidos ainda veem um futuro nesses contatos.
"Apesar das significativas diferenças entre nossos governos, continuamos acreditando que é importante buscar uma relação funcional e produtiva com a Venezuela, baseadas em assuntos de interesse mútuo", disse o porta-voz.
"A repetição de acusações sem fundamentos de funcionários venezuelanos sobre armações com base nos Estados Unidos é decepcionante", concluiu.
Os contatos começaram no final de novembro com um telefonema da secretária de Estado adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, Roberta Jacobson, ao então vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Desde então, foram poucos os contatos bilaterais entre funcionários de menor categoria, mas o processo se estagnou no final de 2012 e as conversas "realmente não foram muito longe", disse aos jornalistas uma fonte oficial americana no princípio de março.
Essa mesma fonte atribuiu as novas tensões "à campanha eleitoral" na Venezuela, dizendo que haveria "comentários sobre os Estados Unidos que não vão ajudar a melhorar esta relação", mas afirmou que, uma vez eleito um novo governo venezuelano, os contatos poderão ser retomados com mais força.
No dia 5 de março, algumas horas antes da divulgação da morte de Chávez, a Venezuela expulsou dois adidos militares da delegação americana em Caracas, acusados de "proporem projetos desestabilizadores" aos militares venezuelanos, e Washington respondeu seis dias depois com a expulsão de dois diplomatas venezuelanos.
As relações entre os EUA e a Venezuela atravessam um de seus momentos mais tensos desde o final de 2010, quando ficaram sem embaixadores em meio a acusações de ambos os lados.
A Venezuela retirou naquele ano o consentimento àquele que seria o chefe da missão americana em Caracas por polêmicas declarações do mesmo no Senado de seu país. Já os Estados Unidos deixaram o embaixador da Venezuela sem visto na capital americana.
Posteriormente, houve tensões pelas sanções do Departamento do Tesouro dos EUA à companhia petrolífera estatal venezuelana PDVSA por suas relações com o Irã e pelos atritos relacionados com o consulado da Venezuela em Miami, fechado após a decisão de Washington de expulsar o responsável por esse escritório há um ano.

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