MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 22 de março de 2013

Família do DF protesta por apoio a buscas de jovem sumido no Peru


Irmão de Artur Paschoali reclama de falta de atenção do governo brasileiro.
Rapaz está desaparecido no Peru há 91 dias; ele faz aniversário em abril.

Do G1 DF

Familiares e amigos do brasiliense Artur Paschoali, desaparecido no Peru há 91 dias, fizeram um protesto em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (22). Eles pedem mais apoio do Itamaraty para a continuação das buscas pelo rapaz.
Irmão e amigos de Artur protestam em frente ao Palácio do Planalto com faixas pedindo mais apoio do Itamaraty (Foto: Luciana Amaral/G1)Irmão e amigos de Artur protestam em frente ao Palácio do Planalto com faixas pedindo mais apoio do governo federal nas buscas (Foto: Luciana Amaral/G1)
Para o irmão de Artur, Felipe Paschoali, que ficou no Brasil, a situação atual é de abandono nas buscas. "Não sei se é descaso ou despreparo da polícia peruana, o que tem prejudicado um pouco as investigações. Desde o dia 9 de março, o Itamaraty não entrou mais em contato com a gente. Nós é que corremos atrás, há muitas perguntas sem respostas. Há dois policiais peruanos no caso agora, mas não sabemos o que estão fazendo. Ninguém fala nada."
Não sei se é descaso ou despreparo da polícia peruana, o que tem prejudicado um pouco as investigações. Desde o dia 9 de março, o Itamaraty não entrou mais em contato com a gente. Nós é que corremos atrás, há muitas perguntas sem respostas. Há dois policiais peruanos no caso agora, mas não sabemos o que estão fazendo. Ninguém fala nada"
Felipe Paschoali, irmão de Artur
Procurado pelo G1, o Ministério das Relações Exteriores informou que as pessoas responsáveis pelo caso estavam em reunião e que não poderiam comentar o assunto. O ministério informou que uma nota sobre o caso deve ser emitida ainda nesta sexta-feira.
Na segunda semana de março, o ministério suspendeu a presença de funcionários no distrito de Santa Terza, perto de Machu Picchu, que ajudavam nas buscas por Artur. A justificativa dada era o risco para a segurança e saúde dos servidores na região, afirma Felipe.

"Se tem problema, é um contrassenso tirar alguém de lá", diz Felipe. Outro questionamento dele é sobre as trocas constantes de equipes de investigação, que não pegam informações colhidas pelas equipes anteriores e têm de começar tudo praticamente de novo.

No final de janeiro, a família anunciou uma recompensa de R$ 3,8 mil (5 mil novos soles peruanos) para quem encontrasse o jovem vivo. O mochileiro, desaparecido desde 21 de dezembro de 2012,  foi visto pela última vez no distrito de Santa Tereza, próximo a Machu Picchu, antes de sair do local onde estava hospedado.
Amiga de Artur há três anos, Sara Medeiros, se diz esperançosa de encontrar o jovem e afirma estar revoltada com o Itamaraty. "Não é que nem no hino nacional em que o Brasil é uma mãe gentil? Por que tiraram gente de lá?"
Ajuda financeira
Os pais de Artur estão no Peru, num albergue de Santa Tereza, desde o início do ano. Semana que vem eles devem ir para Lima conversar diretamente com a embaixada brasileira no país. Os gastos estimados com as buscas e a presença do casal no Peru já chegam a R$ 40 mil, afirma a família. Nesse tempo, eles têm sido sustentados por doações de amigos e pessoas que se solidarizaram com o ocorrido.
Neste domingo (24), às 17h, está programado um festival de tortas no centro de tradições gaúchas, atrás de uma churrascaria na Epia, para arrecadar fundos para os pais de Artur continuarem no Peru. "Temos muita esperança e continuamos lutando. Temos certeza que vamos comemorar juntos o aniversário dele de 20 anos no dia 30 de abril", afirma o irmão mais velho.

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