MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 28 de março de 2013

Fruta de origem asiática é alternativa ao cultivo do fumo no Sul de SC


Pitaya é vendida nos supermercados por cerca de R$ 15 o quilo.
Cultivo da fruta tem sido lucrativo e dispensa uso de agrotóxicos.

Fabio Cadorin Do G1 SC, com informações da RBS TV

Consumo da pitaya ajuda a previnir diabetes (Foto: Janine Limas/RBS TV)Consumo da pitaya ajuda a previnir diabetes
(Foto: Janine Limas/RBS TV)
A mudança na vida dos irmãos Volnei e Valmirei Feltrin, de Turvo, no Sul de Santa Catarina, começou com uma reportagem de televisão. Foi onde viram pela primeira vez a pitaya, uma fruta de origem asiática e pouco cultivada no Brasil. "Depois de ver a reportagem, entramos na internet, pesquisamos e achamos que ela poderia ser produzida aqui na nossa região", conta Volnei.

Os agricultures conseguiram as primeiras mudas de um plantador de São Paulo. Há três anos, começaram o pomar com pouco mais de 100 mudas. Atualmente, eles têm dois mil pés da planta e até vendem mudas a outros agricultores, que já começaram a perceber o potencial da nova cultura na região. "Neste terceiro ano, devemos colher cerca de 25 mil frutos, três vezes mais do que as safras anteriores", comemora Volnei.
Cultivo da fruta dispensa uso de agrotóxicos (Foto: Janine Limas/RBS TV)Cultivo da fruta dispensa uso de agrotóxicos
(Foto: Janine Limas/RBS TV)
Toda a produção já tem destino certo para uma rede de supermercados. O quilo da fruta é vendido a R$ 8 pelos produtores e pode chegar a R$ 15 para o consumidor final. A nova cultura tem sido lucrativa para os agricultores, que estavam em busca de uma alternativa para deixar a lavoura de fumo. O cultivo da pitaya dispensa até mesmo o uso de agrotóxicos. "Se botar veneno, pode até matar o pé. Além disso, o produto químico mudaria o sabor da fruta", diz o Valmirei.

Agricultores de outros 15 municípios já adquiriram mudas da planta, que se adaptou bem ao clima da região. "Com certeza, a pitaya será uma grande alternativa de renda para os nossos agricultores", afirma o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Turvo, Davide Tomaz.

Uma cooperativa de engenheiros agrônomos também dá assistência aos produtores rurais. "Além do suporte técnico, queremos ajudá-los a avançar um pouco mais, auxiliar os agricultores a organizar a produção e também a comercializar a fruta", ressalta a engenheira agrônoma Cristine Abreu.

Fruta Dragão

Por causa da casca grossa e espinhosa, a pitaya também é conhecida como fruta dragão. A espécie é parente do kiwi e nasce em um tipo de cacto. Os agricultores do Sul catarinense apostaram no plantio de cinco variadades: a vermelha de polpa branca e de polpa roxa, a pink, a baby, a do cerrado e a pitaya amarela. Estudos apontam que a fruta é rica em fibras e, por isso, indicada para quem tem problemas intestinais. Também ajuda na prevenção do diabetes, hipertensão e inibe a vontade de comer doces. Além do consumo in natura, pode ser usada para fazer sucos, geleias e sorvetes.

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