MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 6 de março de 2013

Pacientes esperam até 10 horas por atendimento em UPA do 2º Distrito


Sem cadeiras suficientes, pacientes aguardavam atendimento em pé.
Supervisão diz que aumento na demanda é comum nesta época do ano.

Duaine Rodrigues Do G1 AC

UPA do Segundo Distrito 2 (Foto: Duaine Rodrigues/G1)UPA do Segundo Distrito, em Rio Branco, ficou com superlotação durante toda esta segunda-feira (4)
(Foto: Duaine Rodrigues/G1)
A demora no atendimento à população que procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito de Rio Branco, nesta segunda-feira (4) causou transtornos e deixou muitas pessoas cansadas, insatisfeitas e irritadas.
Entre crianças, idosos, grávidas, mães com bebês de colo e outros que necessitavam de algum auxílio médico, muitos deixaram o local após horas sem receber qualquer tipo de atendimento. O ambiente, bastante movimentado, tinha poucos assentos para muitas pessoas e por isso muitos aguardavam atendimento em pé.
Uma mulher que pediu sigilo na identidade afirmou que chegou à unidade, por volta das 8h desta segunda-feira e até às 18h30 não havia conseguido concluir o atendimento. Ela buscava assistência para sua filha de três anos, por suspeitar que a pequena estivesse com os sintomas da dengue.
"Esperei até agora, as 18h30, e não consegui o que buscava, que era saber se minha filha está ou não com dengue.  Vou embora porque estou cansada, com fome e não aguento mais esperar", declara.
UPA do Segundo Distrito  (Foto: Duaine Rodrigues/G1)Maria Ester está grávida de quatro meses
e esperou em pé por mais de quatro horas
(Foto: Duaine Rodrigues/G1)
Situação semelhante viveu a dona de casa Eloísa da Silva Soares, que chegou na unidade pela manhã, as 9h, e até as 19h ainda não havia recebido o resultado de um exame que havia realizado. Suspeitando estar com dengue, ela procurou o atendimento médico acompanhada de sua filha de apenas dois meses de vida.
"Estou até agora aguardando o resultado e nada. Tive que trazê-la porque ela mama e não tenho com quem deixar. Passei o dia por aqui com ela nos braços, fiz o exame a tarde e já se passaram quatro horas sem nenhuma resposta", afirma.
Esperando um pouco menos, mas já sentindo os efeitos da demora, estava a secretária Maria Ester (27) está grávida e também teve que esperar. Ela chegou á UPA por volta das 15h. Após mais de três horas, ainda não havia recebido nenhum atendimento e esperava em pé na fila por sua vez.
"Já sentei e levantei de novo porque não tem espaço para todo mundo. Ninguém me recebeu ainda, apenas fiz uma pré-consulta. Estou com febre, dor de cabeça", reclama.
Problema comum para a época, segundo supervisão da unidade
A supervisão noturna da Unidade de Pronto Atendimento informou ao G1 que o problema na demora do atendimento é comum nesse período do ano, por conta da elevada procura de auxílio por parte da população motivada pela incidência de dengue que acomete os cidadãos.
"A UPA é uma unidade para atendimento de urgência e emergência e nessa época a busca pelo serviço aumenta consideravelmente. Muitos daqueles vêm a procura de auxílio porque aqui, apesar da demora, é ainda mais rápido do que se for a um posto de saúde, por exemplo.
"Entrega de resultados de exames demoram mesmo, de 3h a 4h, seja qual for o exame", diz o responsável pelo setor, que pediu para não se identificado.
Ele explica que diariamente são oito médicos atuando durante o período diurno (quatro clínicos, dois pediatras e um traumatologista) e sete durante a noite (um clínico a menos). E diz ainda que todos os pacientes passam pela avaliação de uma equipe de enfermagem para que seja definida a classificação da prioridade do atendimento antes de serem encaminhados ao médico.
"Todos são avaliados e recebem uma ficha, seja de cor azul, verde, amarela ou vermelha. É a partir dessas fichas que classificamos a enfermidade e há quanto tempo o paciente está sofrendo com ela para organizarmos o atendimento", declara.

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