MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 16 de março de 2013

Pará recebe campanha federal contra hanseníase e verminoses


61 municípios paraenses discutem o cenário das doenças in loco.
Campanha será realizada entre os dias 18 e 22 de março.

Do G1 PA
Comente agora
Uma campanha para diagnosticar doenças como hanseníase e verminoses em jovens estudantes terá início na próxima segunda-feira (18) em 61 municípios do estado do Pará. A iniciativa, realizada pelo Ministério da Saúde (MS) e orientada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), visa debater o cenário das doenças em cada localidade. Com o tema “Hanseníase e Verminoses tem cura. É hora de prevenir e tratar”, a campanha segue até o próximo dia 22.
O objetivo da ação é identificar os casos suspeitos em estudantes de 5 a 14 anos de escolas públicas localizadas em cidades com grande incidência da doença. Assim, será possível aumentar o diagnóstico precoce e identificar comunidades em que os casos de hanseníase e verminoses ainda são frequentes. Em Belém, esse trabalho terá a execução da Sesma, a exemplo do que acontecerá com outras 60 cidades elencadas pelo Programa.
As ações terão a participação de agentes comunitários de saúde e profissionais da Estratégia de Saúde da Família dos municípios, que encaminharão casos suspeitos à Rede de Atenção Básica de Saúde para confirmação do diagnóstico e início imediato do tratamento. Segundo recomendações do MS, caso a equipe de saúde identifique um estudante com hanseníase, é porque há uma grande possibilidade de haver um caso na sua casa ou na comunidade onde vive.
Casos de hanseníase e verminoses em números
Nos últimos anos, de acordo com dados parciais divulgados pelo governo do estado, as ocorrências de hanseníase vêm diminuindo no território paraense. Em 2012, houve o registro de 3.578 novos casos da doença, 345 em menores de 15 anos. Em 2011, o número de casos notificados foi de 3.876, incluindo 412 pessoas com menos de 15 anos. Três anos antes, em 2008, o Pará chegou a registrar 4.669 pessoas que descobriram ter o bacilo da doença. Apesar disso, se comparado à média nacional (14,85 para cada grupo de 100 mil cidadãos), o estado ainda apresenta um coeficiente alto, com 45,74 casos para cada 100 mil habitantes.
Segundo o médico dermatologista da Coordenação Estadual do Programa de Controle da Hanseníase, Carlos Cruz, o poder público tem montado novas estratégias de combate à doença, como esse novo olhar sobre o público estudantil, a fim de se aproximar da meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde, que seria menos de um caso para cada 10 mil habitantes. Cruz aponta que se tratando do Pará, a meta só será alcançada a longo prazo e com o esforço também de cada município em promover o diagnóstico precoce
Para descobrir todos os casos existentes, o estado trabalha em parceria com os municípios. O coordenador estadual do Programa de Controle da Hanseníase, Luís Augusto Oliveira, informa que atualmente todos os municípios paraenses devem desenvolver ações de prevenção da hanseníase, cujo tratamento é gratuito e tem duração de seis a doze meses.
Campanha nas escolas
Segundo informe técnico emitido ainda em dezembro de 2012, pelo Ministério da Saúde, ficou estabelecido que durante a campanha os profissionais das unidades básicas de saúde, em parceria com profissionais da educação dos municípios paraenses elencados, realizarão a Campanha de Busca Ativa dos Casos de Hanseníase e de Tratamentno Quimioprofilático de Geohelmintíases em Escolares. Para a busca ativa de casos de hanseníase será utilizado um procedimento screening definido por método “espelho” de identificação em estudantes que apresentem potenciais sinais e sintomas da hanseníase, para posterior confirmação diagnóstica, e também será ministrado, em dose única, Albendazol 440 mg.
Segundo esclarece a nota, o método “espelho” consiste em um formulário a ser preenchido por pais ou responsáveis a respeito de sinais e sintomas sugestivos de hanseníase, bem como sobre o histórico familiar da doença. Na presença de lesões sugestivas, o aluno será encaminhado por profissional da educação à unidade de saúde para exame médico, em que poderá ser confirmado o diagnóstico de hanseníase, com início imediato do tratamento.
As atividades da campanha incluirão, ainda mobilização e orientações para os professores e estudantes, subsidiadas por material didático confeccionado para esse fim, anteriores à oferta da dose do antihelmíntico e do preenchimento de formulário do método espelho. A oferta e supervisão do tratamento de geohelmintos serão feitos por profissionais de saúde aos estudantes da área de abrangência das unidades básicas. Ressalta-se que o tratamento será realizado após consulta para autorização de pais ou responsáveis e com o acompanhamento das equipes de saúde locais.
Saiba mais sobre cada doença
A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae e transmitida entre pessoas após contato direto e prolongado; geralmente acarreta manchas no corpo com perda ou redução de sensibilidade.
A geohelmintíase reúne um grupo de doenças verminosas intestinais, entre as quais a popular “lombriga”. É transmitida por água e alimentos contaminados e pode ter impacto no quadro nutricional e nos processos cognitivos e causar obstrução intestinal.
Por fim, o tracoma é uma doença bacteriana transmitida de pessoa para pessoa, por meio de objetos contaminados ou insetos como a mosca. Acontece por infecções no olho, podendo causar alterações na córnea e levar à cegueira.
Serviço:
A cerimônia de abertura do evento acontece nesta segunda-feira, 18, no auditório da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), a partir das 9h, quando representantes da Sespa, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde de Belémx (Sesma) debaterão o cenário daquelas doenças em uma mesa redonda

Nenhum comentário:

Postar um comentário