MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 8 de março de 2013

Prédio do Incra é invadido por mulheres da Via Campesina em Porto Alegre



Manifestantes se reúnem com a Superintendência do Ministério da Agricultura



Cerca de 500 mulheres integrantes da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), invadiram, por volta das 11h desta sexta-feira, o prédio do Instituto Nacional Colonização Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre. O edifício fica na avenida Loureiro da Silva, no Centro da Capital. De acordo com a assessoria de imprensa dos manifestantes, o objetivo era chegar até a sede do Ministério do Desenvolvimento Agrária. O grupo, no entanto, foi chamado para uma reunião com a Superintendência do Ministério da Agricultura.

A ocupação busca dar visibilidade à pauta geral do movimento, reivindicando maior agilidade na aquisição de terras, marcação de lotes e fornecimento de água potável para as famílias assentadas. As mulheres reivindicam ainda a desburocratização do Programa Apoio Mulher e do Crédito Instalação - ofertado pelo Incra -, fonte de financiamento para produção das mulheres na agricultura camponesa e reforma agrária.

A invasão integra a Jornada Nacional de Luta das Mulheres do Campo e da Cidade/RS, realizada desde 2006 e que congrega ações articuladas nacionalmente pelas mulheres dos movimentos que compõem a Via Campesina, pelas mulheres do Movimento dos Trabalhadores Desempregados e do Levante Popular da Juventude. “Ao longo desses anos, diversas ações foram protagonizadas pelas mulheres como forma de luta e resistência à opressão e à dominação que sofrem na esfera privada e pública pelo sistema machista e patriarcal”, salientou a coordenadora do MST/RS, Arlete Vulcão.

Arlete observa que a Jornada aglutina as demandas das mulheres dos movimentos sociais através de ações conjuntas, que evidenciam as diversas formas de violência sofridas no cotidiano. Em 2013, o tema “Por vida e soberania alimentar, basta de violência contra a mulher” apresenta as diversas formas de violência contra as mulheres, como a violação dos direitos humanos, ausência de políticas para produção de alimentos saudáveis, além ausência de uma política de moradia para o campo e para a cidade.

”A redução dessa violência passa pela realização de uma reforma agrária”, sintetizou. Arlete disse que as mulheres vinculadas ao MST/RS querem a agilização dos processos da reforma agrária no Rio Grande do Sul. “Estamos cansadas. Queremos terra, infraestrutura, saúde, educação, rodovias, água e energia elétrica”, frisou. Segundo ela, há uma “miséria” de famílias acampadas no Estado, não entendendo o motivo da demora na concretização dos assentamentos. “Temos assentamentos criados há mais de 20 anos sem água e sem acesso por estrada. Ficaremos na sede do Incra até que haja avanços nas negociações de nossa pauta”, enfatizou.




Fonte: Correio do Povo

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