Irritado, presidente da Comissão de Direitos Humanos disse que pergunta de repórter era 'estúpida'
VANNILDO MENDES - Agência Estado
BRASÍLIA - O presidente da Comissão dos Direitos Humanos
da Câmara, deputado Pastor Feliciano (PSC-SP), reafirmou nesta
quarta-feira, 27, que não vai renunciar ao cargo em hipótese alguma e
desafiou o colégio de líderes da Casa, que junto com o presidente,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), vai pedir a ele para deixar o cargo e
por fim à crise iniciada com sua eleição. "Não renuncio de jeito nenhum.
O que os líderes podem fazer com a minha vida? Eu fui eleito pelo voto
popular e pelo voto do colegiado", disse.
Andre Dusek/AE
Feliciano concede entrevista a jornalistas na porta da Embaixada da Indonésia
'Pergunta estúpida'. Indagado se o momento é oportuno para fazer esse tipo de apelo, em razão da crise na Comissão e de sua fragilidade no cargo, o pastor mostrou-se muito irritado. "Essa é uma pergunta estúpida. E lá existe tempo para fazer pedido de clemência?", questionou. Em seguida, dirigindo-se aos jornalistas, ele prosseguiu: "Vocês estão ultrapassando o meu limite de espaço. Estou aqui por um assunto sério e vocês estão de brincadeira".
Depois, Feliciano reafirmou que não existe crise alguma na Comissão de Direitos Humanos e que vai tocar seu trabalho com tranquilidade. "O que está em crise são vocês, falando besteiras e coisas que não existem". "Já fizemos duas sessões, e na primeira votamos toda a pauta; na segunda, só fui impedido por causa do tempo", contou Feliciano, alheio aos protestos sociais contra a sua permanência na presidência da Comissão. Ele confirmou que nesta quarta-feira, às 14 horas, haveria a terceira sessão da Comissão, mas não soube dizer se seria aberta ou fechada.
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