MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 20 de março de 2013

Preços abusivos na Copa afastam turistas, diz ministro da África do Sul


Político deu 6 conselhos para brasileiros realizarem evento de sucesso.
Ele discursou em SP ao lado do ministro do Turismo do país, Gastão Vieira.

Do G1, em São Paulo

Ex-membro do Comitê Organizador Local para a Copa do Mundo na África do Sul, o ministro do Turismo do país, Marthinus Van Schalkwyk, falou nesta terça-feira (19), em São Paulo, sobre sua experiência na organização do megaevento, e alertou para o efeito negativo de um aumento excessivo dos preços dos serviços oferecidos aos visitantes.
Marthinus Van Schalkwyk, ministro do turismo da África do Sul (Foto: Divulgação/Ministério do Turismo da África do Sul)Marthinus Van Schalkwyk, ministro da África do Sul
(Foto: Divulgação/Ministério do Turismo
da África do Sul)
Van Schalkwyk, que afirmou ter enfrentado em 2010 o “ceticismo e a falta de confiança de que as metas prometidas seriam cumpridas”, disse que a Copa foi uma peça importante para estabelecer a África do Sul como destino turístico competitivo.
O político sul-africano participou, ao lado do ministro do Turismo do Brasil, Gastão Vieira, da abertura de um evento para empresas do setor, o Fórum Panrotas Tendências de Turismo.
Em seu discurso, ele falou sobre as críticas que enfrentou, o legado do evento para seu país e o perigo da alta abusiva de preços de produtos e serviços.
6 dicas
Van Schalkwyk resumiu seu aprendizado em seis lições que poderiam ajudar os brasileiros na organização da Copa do Mundo de 2014.
O primeiro conselho que Van Schalkwyk deu foi “não dar ouvidos aos céticos”. “Esqueça aquelas pessoas que não acreditam no seu evento”, disse. “Fique de olho no jogo e não deixe que outras pessoas tirem sua atenção, mudem seu foco”, completou.
O segundo conselho é adotar metas de longo prazo, vendo o evento como um meio de fortalecer o turismo no futuro.
A terceira dica tocou num ponto sensível para o Brasil: o aumento dos preços cobrados dos turistas. Sua recomendação é ter cuidado. “As pessoas que vêm para a Copa querem pagar os valores corretos e usuais de bens e serviços. Do contrário, elas vão perceber que estão sendo lesadas e nunca mais voltarão”, afirmou.
Para Van Schalkwyk, o setor privado deve tomar cuidado para não privilegiar apenas serviços e produtos destinados às classes mais altas, especialmente se isso levar a um desbalanço entre oferta e procura quando o evento acabar.
Em quarto lugar, ele recomenda administrar a imagem do país com mais cuidado. “Durante quatro semanas ou mais, cada ação ocorrida em seu país será vigiada e repercutida em seus mínimos detalhes. Use isso ao seu favor”, disse, defendendo a utilização das redes sociais e da televisão para “vender para o resto do mundo aquilo que você tem de melhor”.
O quinto ponto levantado pelo ministro foi a necessidade de oferecer treinamento à população e valorizar a participação das pequenas empresas. “É a população que vai receber os turistas, impressioná-los e convencê-los a voltar.”
Por último, Van Schalkwyk falou em sustentabilidade, afirmando que é preciso neutralizar as emissões de carbono, gerenciar os gastos de água e o destino do lixo durante o evento.
Entre os meses de junho e julho de 2010, a África do Sul recebeu 300 mil turistas, o que representou uma injeção de 3,6 bilhões rands (cerca de 780 milhões de reais) na economia local. Em 2012 o país registrou crescimento de 10% no número de turistas estrangeiros, mais que o dobro da média global registrada no mesmo período

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