Prédio custou quase R$ 5 milhões e não tem previsão para funcionar.
Biblioteca não tem acervo bibliográfico, mobiliário nem equipamentos.
Obra da Biblioteca Pública de Cruzeiro do Sul custou R$ 4,9 milhões (Foto: Genival Moura/G1)
O prédio de três andares cercado de vidro fumê, com 1,5 mil metros de
área construída, se destaca pela sua arquitetura em meio às demais
edificações no centro de Cruzeiro do Sul
(AC). No prédio, já deveria estar funcionando a Biblioteca Pública
Estadual, mas por enquanto, as salas continuam vazias. O governo
informou que a inauguração da obra, que custou R$ 4,9 milhões, está
dependendo da compra de móveis, equipamentos e acervo bibliográfico, que
sequer foram licitados.A empresa responsável pela construção do prédio cumpriu o cronograma. As instalações físicas estão prontas há mais de sete meses. A chefe do departamento do livro e da leitura, da Fundação de Cultura Elias Mansour, informou que parte do mobiliário será comprada com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o que exige um processo licitatório em nível internacional. “Nós, por enquanto, ainda não podemos dar uma previsão devido a esse processo, que pode demorar até três meses”, afirmou.
Prédio não tem mobiliário nem acervo
bibliográfico (Foto: Genival Moura/G1)
O projeto prevê um acervo com 21 mil livros, um telecentro com internet
gratuita, videoteca, histórias em quadrinhos, espaço infantil,
conteúdos com informações táteis para portadores de necessidades visuais
e mídias audiovisuais. O prédio já conta com elevadores e rampas para
facilitar o acesso dos portadores de deficiência física.bibliográfico (Foto: Genival Moura/G1)
Enquanto o projeto não entra em funcionamento, Romário Sandin, líder de movimentos estudantis em Cruzeiro do Sul, explica que a empolgação já está se transformando em frustração para os estudantes. “Nós ficamos motivados justamente por causa da necessidade que temos. Algumas escolas não dispõem de bibliotecas e muito menos acesso à internet. Nós ficamos agora, aguardando pela boa vontade dos governantes, enquanto enfrentamos dificuldades para fazer uma pesquisa”.
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