Índios que ocupam museu teriam se enfurecido com prazo para deixar local.
Quatro reféns, entre eles uma subsecretária, já foram liberados.
Arão
da Providência, advogado dos índios, cacique Carlos Tucano e Afonso
Apurinã, presidente do Centro de Referência da Cultura dos Povos
indigenas conversam na entrada do museu (Foto: Lívia Torres/G1)
Apurinã informou que os índios foram intimados a deixar o Museu do Índio em 72 horas, a contar a partir de sábado (16). Segundo ele, os outros ocupantes do local ficaram enfurecidos e um deles impediu a saída do grupo pelo portão. Policias do 4º BPM (São Cristóvão) chegaram a ser acionados.
"Estamos há seis anos nesse espaço lutando para que ele seja reformado. Queremos ir para um lugar digno, com segurança. Exigimos que essa garantia esteja documentada em cartório", disse o cacique Carlos Tucano.
O defensor público da União disse que foi junto dos outros quatro reféns ao local para dar explicações sobre a decisão. Ele confirmou que foi feito refém pelos índios. "Vim à reunião no Museu do Índio e estamos como refém. É um grupo minoritário, mas existe um movimento 'punk' daqui de dentro com apoio do índio Aarão", disse ele pouco antes de ser liberado.
A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos confirmou que a subsecretária Andréa Sepúlveda ficou presa e foi liberada pelos índios por volta das 18h30.
Documento
deixado nesta sexta por dois oficiais de Justiça, alegando que os
índios têm até segunda-feira para deixar o local (Foto: Lívia Torres/G1)
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