MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 11 de março de 2013

'Se ele virar papa, data será feriado', diz prefeito da cidade natal de D. Odilo


Nome do cardeal entre os postulantes a papa orgulha Cerro Largo, no RS.
Comunidade torce pela escolha do gaúcho no conclave que começa terça.

Márcio Luiz Do G1 RS, em Cerro Largo

Catedral de Cerro Largo, onde nasceu o cardeal brasileiro Dom Odilo Scherer (Foto: Márcio Luiz/G1)Catedral de Cerro Largo, onde nasceu o cardeal
brasileiro Dom Odilo Scherer (Foto: Márcio Luiz/G1)
Na véspera do início do conclave que irá escolher o novo papa, a pequena cidade de Cerro Largo, no Rio Grande do Sul, acompanha com interesse as notícias que chegam do Vaticano. Filho mais ilustre do município de 13 mil habitantes na região das Missões, o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, 63 anos, é um dos cotados para suceder Bento XVI no comando da Igreja Católica.
Descendente de imigrantes alemães que se fixaram na região na segunda metade do século XIX, Dom Odilo nasceu na comunidade rural da Linha São Francisco, no interior do município, em 1949. Antes de completar dois anos de idade, ele mudou-se com a família para Toledo, no Oeste do Paraná. E embora tenha deixado a cidade há muito tempo, virou motivo de orgulho para a população local.
A possibilidade do cardeal brasileiro ser escolhido o novo papa é um dos assuntos mais comentados em praças, bares e até mesmo na prefeitura. Para o prefeito Renê José Nedel, a eventual opção por Dom Odilo projetará Cerro Largo não só no Brasil, mas também internacionalmente. “Estamos muito entusiasmados com essa possibilidade. Será um orgulho muito grande. Se ele virar papa, a data será feriado aqui”, diz o prefeito, que também promete erguer uma estátua na Praça da Matriz em homenagem ao religioso.
Praça em Cerro Largo, onde nasceu o cardeal brasileiro Dom Odilo (Foto: Márcio Luiz/G1)Praça da Matriz, onde o prefeito de Cerro Largo promete erguer estátua de Dom Odilo se ele for eleito papa
(Foto: Márcio Luiz/G1)
A praça citada ocupa uma quadra inteira no centro da cidade. Ali, à sombra das árvores, a sucessão papal também é o tema preferido nas rodas de conversa dos moradores, principalmente os católicos. O aposentado Valdi Sausen, de 65 anos, diz que toda a comunidade está na torcida por Dom Odilo. “O povo está ansioso para que o papa seja cerro-larguense. Já está na hora de termos um papa latino-americano, sobretudo brasileiro”, opina.
Ele tem uma visão diferente das coisas. É um homem simples, gentil e que também tem muita experiência."
Valdi Sausen, aposentado
e católico praticante
Católico praticante, Valdi conta que estava presente na missa que Dom Odilo celebrou na Igreja da Matriz, em 2007, no mesmo ano em que foi nomeado cardeal pelo próprio Bento XVI. Para ele, o atual arcebispo de São Paulo está pronto para comandar os rumos da Igreja. “Ele é muito bem preparado e muito culto. Nessa missa, deu para notar que ele tem uma visão diferente das coisas. É um homem simples, gentil e que também tem muita experiência”, diz ele.
A perspectiva de um missioneiro tornar-se papa também anima os empresários da cidade. Com a economia diversificada, mas atrelada principalmente ao setor primário, a escolha de Dom Odilo significaria um crescimento para os setores de comércio e serviço da região. É o que espera o proprietário de um dos dois hotéis da cidade. “Estou torcendo em dobro para que ele seja o papa. Isso vai tornar Cerro Largo conhecida mundialmente e atrair turistas para cá. Iria mudar a cara da cidade”, prevê o empresário Plinio Ignacio Sebastiagny.
Da esquerda para a direita, Valdi Sausen, Maria Terezinha Scheneder e o prefeito Renê José Nedel (Foto: Márcio Luiz/G1)Da esquerda para a direita, Valdi Sausen, Maria Terezinha Scheneder e o prefeito Renê José Nedel
(Foto: Márcio Luiz/G1)
Dom Odilo Scherer é um dos 115 cardeais que vão escolher o futuro pontífice durante o conclave que inicia nesta terça-feira (12). Ele é apontado como um dos favoritos por especialistas e pela imprensa internacional. A comunidade de Cerro Largo está otimista. No entanto, há quem veja as especulações com cautela. Para Maria Terezinha Scheneder, 72, só o fato de Dom Odilo participar da eleição do novo papa já é motivo de orgulho. “Isso já é uma honra para qualquer católico”, ela destaca.

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